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HABP4 e o câncer de cólon: caracterização do papel da HABP4 em células tumorais e em modelo animal

Texto completo
Autor(es):
Carolina Colleti
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Data de defesa:
Membros da banca:
Jörg Kobarg; Carmen Veríssima Ferreira; Juliana Helena Costa Smetana
Orientador: Jörg Kobarg
Resumo

A proteína HABP4 foi inicialmente identificada por meio da reação cruzada com o anticorpo Ki-1, o qual reconhece células malignas de linfoma de Hodgkin. Desde sua descoberta, muito esforço foi aplicado para sua caracterização estrutural e funcional. Hoje é sabido que ela sofre diversos tipos de modificações pós-traducionais, como fosforilação, metilação e SUMOilação, e que faz parte da classe de proteínas intrinsecamente desenoveladas. Essas e outras características identificadas, como translocação entre núcleo e citoplasma, e atividade de regulação da transcrição, sugerem que a HABP4 possa ter relação com processos cancerosos. A HABP4 tem uma proteína paráloga, a SERBP1, que compartilha 40,7% de identidade e 67,4% de similaridade, além de apresentar localização citoplasmática e nuclear, o que indica que possam ter funções similares ou até mesmo redundantes nas células. Experimentos de duplo-híbrido e de análise de expressão genica global por microarranjos de DNA realizados pelo grupo de pesquisa identificaram 413 genes que tiveram sua expressão alterada pela superexpressão da HABP4 (88% regulados negativamente). A maior parte dos genes estão relacionados a proliferação, ciclo celular e apoptose, o que aponta seu envolvimento em mecanismos de resposta celular ao estresse. No presente trabalho é apresentado o efeito da ausência da HABP4 em camundongos e em linhagem celular de carcinoma colorretal humano. No modelo animal foi observado que a falta da HABP4 leva a uma maior taxa de proliferação das células intestinais, e que a expressão das proteínas PCNA e Ciclina D1 estão elevadas nos animais nocaute, mesmo sem a indução de tumor pelo tratamento com AOM/DSS, mostrando que o nocaute confere uma pré-disposição genética ao desenvolvimento de câncer colorretal. O nocaute de HABP4 em células humanas HCT116 foi obtido com sucesso e a caracterização da ausência desta proteína mostrou que, assim como nos animais, ocorre um aumento na proliferação celular. Ademais, é apresentado a resposta ao dano de DNA causado por etoposídeo, em que as células nocautes apresentam menor expressão de ?H2AX. Em resposta a falta da ?H2AX, durante o ciclo celular não há parada no ponto de checagem em G2/M, permitindo que as células nocaute acumulem erros no DNA (AU)

Processo FAPESP: 17/20266-6 - Geração de anticorpos específicos contra a proteína reguladora Ki-1/57 para análise funcional dos camundongos nocaute do gene Ki-1/57
Beneficiário:Carolina Colleti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado