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Mapeamento de epítopos para desenvolvimento de vacina a partir do antígeno M de Histoplasma capsulatum.

Texto completo
Autor(es):
Cleison Ledesma Taira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Pelleschi Taborda; Leila Maria Lopes Bezerra; Benedito Correa; Elaine Guadelupe Rodrigues
Orientador: Carlos Pelleschi Taborda
Resumo

Histoplasma capsulatum é um fungo termodimórfico, encontrado de forma ubíqua na natureza. As regiões endêmicas incluem os vales do rio Ohio e Mississipi (EUA), a América Central e a América do Sul; no Brasil casos da doença e microepidemias vêm sendo descritos com maior frequência na região sudeste. O antígeno M é uma glicoproteína encontrada na parede do fungo e induz resposta imune tanto na fase aguda quanto na fase crônica da doença. Levando em consideração que a caracterização do antígeno M como candidato a vacina ainda não foi realizada é de grande importância a avaliação e identificação de epítopos que possam gerar novas ferramentas para utilização na prevenção da histoplasmose. Neste trabalho foram sintetizados peptídeos, a partir de análise in silico da sequência do antígeno M, com capacidade teórica de se ligar e serem apresentados por moléculas de MHC de classe II de camundongos C57BL/6. Das sequências geradas foram escolhidas e sintetizadas 12, entre as quais, três (peptídeo 6, 10 e 12) apresentaram resultados promissores na imunização profilática de camundongos contra a histoplasmose, diminuindo a carga fúngica nos pulmões e produzindo citocinas com perfil de resposta imune do tipo Th1 (peptídeo 12) e Th17 (peptídeo 10 e 12) em animais desafiados com inóculo subletal do fungo. Também foram identificados 9 peptídeos de H. capsulatum (naturalmente processados e apresentados), por espectrometria de massa, a partir de macrófagos infectados com leveduras, submetidos a imunoprecipitação para isolamento dos complexos MHC-II-peptídeo. Concluímos que metodologias de predição in silico são importantes e de grande utilidade para mapeamento de sequências peptídicas provenientes de proteínas imunogênicas, visto que, três peptídeos testados apresentaram resultados promissores na imunização de animais posteriormente desafiados com os fungos; em relação à metodologia de imunoproteômica para identificação de peptídeos apresentados por células APCs após fagocitose do fungo, acreditamos que essa técnica é promissora, pois as sequências peptídicas identificadas foram naturalmente processadas e apresentadas, tendo possibilidade de serem capazes de estimular o TCR e desencadear resposta imune de células T, sendo necessária confirmação com testes in vitro e in vivo. (AU)

Processo FAPESP: 14/17293-3 - Identificação de epitopos do antígeno M recombinante para o desenvolvimento de vacina contra a histoplasmose em modelo experimental murino
Beneficiário:Cleison Ledesma Taira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado