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O bloqueio do receptor mineralocorticóide melhora a nefropatia pelo aumento da atividade da glicose-6-fosfato desidrogenase e redução do estresse oxidativo em ratos diabéticos hipertensos

Texto completo
Autor(es):
Bruno Sevá Pessôa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Jose Butori Lopes de Faria; Sílvia Maria de Oliveira Titan; Wilson Nadruz Junior
Orientador: Jose Butori Lopes de Faria
Resumo

Foi demonstrado, em modelos de diabetes tipo 1 e tipo 2, que o uso de espironolactona (SPR), um antagonista do receptor mineralocorticóide, possui efeitos benéficos na lesão renal através de mecanismos anti-inflamatórios e antioxidantes. Os efeitos de um antagonista do receptor mineralocorticóide na nefropatia diabética (ND) parecem ser independentes da redução da pressão arterial (PA) e do bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). Em modelos in vitro e in vivo a aldosterona promoveu aumento do estresse oxidativo através da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD). A atividade da G6PD foi reduzida pelo aumento da aldosterona e da glicose, reduzindo a capacidade antioxidante e aumentando o estresse oxidativo. Neste trabalho investigamos se o uso da SPR melhora a ND em animais diabéticos e hipertensos pela melhora na atividade da G6PD, reduzindo o estresse oxidativo independentemente dos efeitos na PA e na glicemia. Ratos espontaneamente hipertensos (SHR) foram tornados diabéticos pela injeção de estreptozotocina (STZ) e os animais controles receberam apenas o veículo. Os animais diabéticos foram randomizados para receber ou não SPR na água de beber. Após 8 semanas de tratamento os animais foram eutanaziados e os rins coletados para as análises. A glicemia foi maior nos animais diabéticos e não foi modificada pelo tratamento. Não houve alteração na PA nos grupos diabéticos e diabéticos tratados. A albuminúria e a expressão renal de fibronectina foi maior no grupo diabético em relação ao controle e esses parâmetros foram reduzidos com o tratamento. A atividade da G6PD e a relação glutationa reduzida (GSH) / glutationa oxidada (GSSG) foram reduzidas no grupo diabético e o tratamento restaurou ao nível dos controles. Os níveis urinários de 8-OHdG e TBARS foram maiores nos animais diabéticos e o tratamento reduziu ao nível dos controles. A produção de superóxido via NADPH oxidase e a expressão da subunidade p47phox da NADPH oxidase foram maiores no grupo diabético em relação ao controle e o tratamento reduziu esses parâmetros significativamente. Os resultados sugerem que a SPR melhora a nefropatia em ratos diabéticos e hipertensos por restaurar a atividade da G6PD, diminuindo o estresse oxidativo sem afetar a PA e a glicemia. (AU)

Processo FAPESP: 08/52575-9 - Qual o mecanismo primario responsavel pela melhora da nefropatia diabetica experimental com o emprego da espironolactona: reducao da inflamacao ou do estresse oxidativo?
Beneficiário:Bruno Sevá Pessôa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado