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Estudos estruturais da interação entre RAR e correpressores em condição normal e patológica

Texto completo
Autor(es):
Tábata Renée Doratioto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Ana Carolina Migliorini Figueira; Sandra Martha Gomes Dias; Guilherme Martins Santos; Artur Torres Cordeiro; Eduardo Magalhães Rego
Orientador: Albane Le Maire; Ana Carolina Migliorini Figueira
Resumo

O Receptor de Ácido Retinóico (RAR) é uma proteína pertencente à família dos receptores nucleares que atua na transcrição de genes relacionados ao crescimento e proliferação celular, homeostase e no metabolismo. Essa regulação da transcrição é mediada pela interação com seu ligante natural, o ácido retinóico. Na presença desse ligante, o RAR é capaz de recrutar moléculas coativadoras que interagem com outras proteínas da maquinaria de transcrição. Porém, na ausência do ligante, o RAR consegue reprimir a transcrição ao interagir com moléculas correpressoras, que são proteínas multidomínios capazes de recrutar enzimas que impedem a maquinaria de transcrição de atuar em determinado gene. Anomalias neste tipo de regulação podem relacionar o RAR e outros RNs a doenças, como é o caso da Leucemia Promielocítica Aguda (APL), uma condição patológica que resulta em uma alta proliferação de células promielóides anormais. Nesta condição, o RAR é expresso fusionado à Proteína da Leucemia Mielóide (PML) e se mantem inativo, sendo que a hipótese mais aceita é que esta fusão PML-RAR dificulta o desligamento de moléculas correpressoras, e por consequência, impede que haja a ativação de genes que diferenciem essas células promielóides. Esta tese buscou compreender detalhes moleculares do mecanismo de repressão nos quais essas proteínas estão envolvidas. Para isso foram realizados diversos ensaios que consistem primeiramente na (a) expressão das proteínas normais (selvagem) e de condição patológica (mutante PLM-RAR), (b) estudos de interação entre RAR/PML-RAR e correpressores, bem como sua interação nos complexos com RXR e DNA, (c) montagem dos complexos com correpressores, e (d) estudos estruturais dessas proteínas e complexos.Os resultados obtidos nesta pesquisa apontam para uma nova abordagem no entendimento de como a presença da proteína PML-RAR atua na APL. Ensaios de DLS e de estabilidade térmica apontam para a capacidade do PML-RAR de gerar grandes complexos organizados, com características beta-amiloides, como identificado em ensaios de ThT. Através destes resultados levantamos a hipótese de que o PML-RAR, ao formar estes grandes complexos, impede a ação do RAR nas vias de regulação gênica (interação com DNA e correguladores) e do PML nas suas funções nucleares, através do sequestro de proteínas normais/selvagens (RAR e PML) (AU)

Processo FAPESP: 16/02348-2 - Estudos estruturais da interação entre rar e correpressores em condição normal e patológica.
Beneficiário:Tábata Renée Doratioto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado