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Influência de lecitina e PGPR no processo de microestruturação de chocolate amargo

Texto completo
Autor(es):
Valter Luís Zuliani Stroppa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia Química
Data de defesa:
Membros da banca:
Theo Guenter Kieckbusch; Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves; Priscilla Efraim
Orientador: Valdecir Luccas; Theo Guenter Kieckbusch
Resumo

Chocolates são produtos compostos por uma fase lipídica com predominância de manteiga de cacau, e que contem liquor, açúcar emulsificantes e eventualmente leite em pó (ou derivados lácteos) e aromas. As características físicas dos chocolates como brilho, dureza, fusão a temperaturas da boca e estabilidade térmica são conseqüências da estruturação cristalina induzida na manteiga de cacau. Os triacilgliceróis presentes na manteiga de cacau podem-se organizar em até seis formas polimórficas sendo que apenas duas são estáveis e geram produtos de melhor qualidade. A adição de emulsificantes ao chocolate visa melhorar o comportamento reológico durante o processamento diminuindo as tensões interfaciais entre a fase gordurosa e as partículas sólidas. Os emulsificantes promovem o recobrimento das partículas sólidas com a fase oleosa lubrificando as interfaces que, desta maneira, poderão servir de elementos ativos para a nucleação. Este trabalho avaliou o efeito da adição dos dois emulsificantes mais utilizados na indústria, lecitina de soja e PGPR (poliglicerol poliricinoleato), no processo de estruturação cristalina de chocolate amargo. Foram produzidos chocolates com diferentes teores de emulsificantes conforme um planejamento fatorial completo 2² rotacionado. O nível de lecitina variou de 0,08 a 0,92% e o de PGPR de 0,02 a 0,58%. Para caracterizar esta influência foram utilizadas técnicas de reometria (determinação das propriedades de escoamento), ressonância magnética nuclear (acompanhamento da cinética de cristalização), Índice de temperagem (quantificação da pré-cristalização), e ensaios de ruptura (avaliação da resistência estrutural). Os valores de viscosidade plástica de Casson do chocolate medidos a 40ºC variaram de 1,4 a 5,9 Pa.s enquanto que o limite de escoamento variou de zero a 34Pa. Os parâmetros cinéticos avaliados de isotermas de cristalização a 15ºC ajustadas ao Modelo de Avrami resultaram no expoente n variando de 2,598 a 2,956 e o parâmetro k entre 5,15.10-6 e 2,85.10-5 min-n para os diferentes teores de emulsificantes. Estes efeitos foram associados à capacidade da lecitina em aumentar o volume cristalino e ao potencial nucleador do PGPR (AU)

Processo FAPESP: 09/04925-3 - Avaliação da Influência de Emulsificantes no Processo de Microestruturação de Chocolate Amargo.
Beneficiário:Valter Luís Zuliani Stroppa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado