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Sobre a gênese das teorias do restauro arquitetônico: de Palladio ao restauro arqueológico

Texto completo
Autor(es):
Maira de Luca e Lima
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Carlos.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Joubert José Lancha; Paulo Cesar Castral; Alfonso Ippolito; Andrea Buchidid Loewen
Orientador: Joubert José Lancha
Resumo

O Renascimento foi um período demarcado em grande medida por modificações artísticas, sociais, políticas e econômicas, esboçando a constituição de uma nova linguagem artística. Os humanistas tiveram, aqui, grande papel frente às transformações que sustentaram a base ideológica do movimento renascentista, uma vez que propuseram uma nova leitura da civilização cristã na qual infundiram uma nova consciência ligada ao homem, não mais a um Deus supremo e centro de toda e qualquer medida do Universo. Uma cultura na qual predominava ordem e liberdade de espírito humano, do racional e da natureza, na qual a arte inspirava-se nos modelos clássicos. Os arquitetos do Renascimento iluminando essa prerrogativa, fazem do texto escrito e do desenho importantes aliados para suas concepções teóricas e práticas; assim como para a difusão de suas ideias e projetos. Neste trabalho, o foco está na tratadística clássica, mais especificamente o tratado de Andrea Palladio, publicado ela primeira vez em 1570, verificando a importância de sua contribuição para fomentar alguns princípios das teorias de restauro arquitetônico. No I quattro libri della\'Architettura, Palladio não só define uma teoria geral mas estabelece, à luz de seu percurso e daqueles arquitetos e tratadistas antecessores, as questões prioritárias para a formação de um arquiteto. Entre elas o olhar (medindo e desenhando) para as ruínas e arquitetura do passado. O quarto livro do tratado, objeto mais específico dessa pesquisa, é a recolha e mostra, com textos e desenhos, dos templos romanos que visitou. Ao estudar, observar, medir e apresentar com desenhos as obras da Antiguidade Clássica, Palladio perpetua e difunde o interesse de arquitetos, arqueólogos, historiadores e artistas neoclássicos pelas obras da Antiguidade. Nesse momento, já no século XVIII, a arqueologia surge como disciplina e Roma tornase centro internacional de estudos e difusões de ideias. Mais adiante, já no século XIX, com o restauro surgindo como disciplina e sendo praticado de forma sistemática, a atenção volta-se ao restauro arqueológico, uma vez que é o primeiro a surgir. Ainda, esse primeiro restauro volta-se à Arquitetura Clássica e passa a conservá-la baseado em estudos científicos, escavações, levantamentos gráficos, estudo do local, anastilose e distinção dos materiais. Para estabelecer essa aproximação, a presente pesquisa utilizará dos métodos de pesquisa da história, com ênfase na Arquitetura e Urbanismo, justificando-se no fato da história ser feita por tempos e periodicidades que se relacionam, na qual há rupturas e continuidades, em grandes ou pequenas escalas. (AU)

Processo FAPESP: 19/16329-8 - Sobre a gênese das teorias do restauro arquitetônico: de Palladio ao restauro arqueológico
Beneficiário:Maíra de Luca e Lima
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado