Busca avançada
Ano de início
Entree


Avaliação in vivo da migração local de íons bismuto e silício presentes em cimentos reparadores em contato com tecido conjuntivo e ósseo

Texto completo
Autor(es):
Tamires Melo Francati
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Marina Angélica Marciano; Brenda Paula Figueiredo de Almeida Gomes; Clarissa Teles Rodrigues
Orientador: Marina Angélica Marciano
Resumo

O agregado trióxido mineral (MTA) é um cimento utilizado na endodontia em procedimentos reparadores, composto por silicato tricálcio, silicato dicálcio, aluminato tricálcio e o radiopacificador óxido de bismuto. O objetivo deste estudo é avaliar a migração e o acúmulo local de íons bismuto (Bi) após contato com tecido conjuntivo e ósseo. O estudo avaliou também a hipótese de que o mecanismo de migração do bismuto está associado ao silício (Si). Um total de 64 ratos Wistar foram divididos em grupos experimentais de acordo com o tecido de implantação: conjuntivo e ósseo, e com os cimentos implantados: silicato tricálcio (TCS) (n=20), ProRoot MTA (MTA) (n=20), hidroxiapatita com 20% de óxido de bismuto (HAp-Bi) (n=20), e controle negativo, sem implantação (n=4). Os animais foram sacrificados após 30 (n=32) e 180 dias (n=32). As metodologias utilizadas para avaliação da migração do Bi e Si, em ambos os tecidos, foram espectrometria de fluorescência de raios-X (XRF), espectrometria de massa de plasma indutivamente acoplado (ICP-MS), caracterização química por meio de espectroscopia Raman e análise histológica da resposta tecidual. A análise estatística dos resultados da avaliação multielementar em ICP-MS e da avaliação histológica, foi realizada considerando o nível de significância de 5% (p < 0,05). A análise XRF demonstrou a migração do Bi do MTA e HAp-Bi em direção ao tecido conjuntivo e ósseo, sugerindo que esta migração ocorre independente do Si, pois o grupo HAp-Bi não apresenta este elemento. Na análise em ICP-MS, para o grupo MTA e Hap-Bi foi possível detectar o bismuto nos tecidos conjuntivo e ósseo em ambos os períodos. Para o tecido conjuntivo, não houve diferença estatística entre os grupos MTA e Hap-Bi, para o bismuto (p > 0,05). O elemento silício foi detectado em todos os grupos, com maior fração de massa no tecido conjuntivo após 30 dias para os grupos TCS e MTA, porém sem diferença estatística entre eles (p > 0,05). A análise Raman mostrou pequenos sinais de alterações para todos os materiais implantados aos 180 dias, independentemente do local de implantação. Histologicamente, foi observada uma elevada inflamação aos 30 dias para todos os grupos experimentais, em ambos os tecidos. Porém aos 180 dias no tecido ósseo, esta inflamação reduziu significativamente (p < 0,05). O contato do cimento ProRoot MTA com os tecidos conjuntivo e ósseo resulta na migração do bismuto. Entretanto, o mecanismo de migração deste elemento sugere que pode ocorrer de forma independente do silício (AU)

Processo FAPESP: 19/04141-4 - Avaliação in vivo da migração local de íons bismuto e silício presentes em cimentos reparadores em contato com tecido conjuntivo e ósseo
Beneficiário:Tamires Melo Francati
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado