Busca avançada
Ano de início
Entree


Autismo e sistema dopaminérgico: análises de diferenças sexuais, aspectos moleculares e comportamentais

Texto completo
Autor(es):
Luana Carvalho Cezar
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luciano Freitas Felicio; Maria Martha Bernardi; Jackson Cioni Bittencourt; Thiago Berti Kirsten; Helenice de Souza Spinosa
Orientador: Luciano Freitas Felicio
Resumo

O autismo é um transtorno complexo do desenvolvimento caracterizado por inúmeros prejuízos comportamentais. A exposição pré-natal em roedores ao VPA (400 mg/kg no GD 12,5) produz sintomas similares àqueles encontrados na condição humana no TEA. Resultados de trabalhos anteriores sugerem que o fenótipo tipo- autista esteja relacionado a modificações funcionais do sistema dopaminérgico. O desafio farmacológico é uma estratégia potente capaz de acessar a atividade de neurotransmissores no SNC, e especialmente o uso de metilfenidato aumenta seletivamente a liberação de dopamina em circuitos cerebrais estriatais e corticais. Ainda, a administração prolongada do metilfenidato pode ocasionar mudanças estruturais cerebrais envolvendo dopamina, além de traduzir neuroplasticidade em alterações comportamentais. O presente trabalho avaliou aspectos comportamentais e moleculares de ratos expostos ao VPA pré-natal, além de verificar os efeitos do metilfenidato (5 mg/kg) agudo (GD 32) e prolongado (GD 21 32) e a hipótese da dopamina no autismo. Os resultados revelaram: (1) fenótipo comportamental autista induzido pelo VPA no GD 12,5 em machos Wistar; (2) diferenças sexualmente dimórficas comportamentais e neuroquímicas promovidos pelo VPA; (3) melhoras comportamentais obtidas com metilfenidato agudo ou prolongado; (4) transmissão dopaminérgica deficiente em diferentes regiões cerebrais de ratos adultos; (5) indução de ansiedade, anedonia e alterações no self-grooming em ratos Wistar expostos ao VPA no GD 12,5. O conjunto de dados sugere que o modelo de autismo em ratos pelo VPA pré-natal fornece, não apenas evidências empíricas para corroborar a hipótese da dopamina no autismo, mas também, um princípio translacional clínico no desenvolvimento de possíveis vias de tratamento para o transtorno em humanos. (AU)

Processo FAPESP: 17/04642-8 - Autismo e sistema dopaminérgico: análise de diferenças sexuais, aspectos moleculares e comportamentais
Beneficiário:Luana Carvalho Cezar
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado