Busca avançada
Ano de início
Entree


Desenvolvimento de vacinas para Plasmodium vivax e descoberta de novos antígenos usando o modelo P. berghei.

Texto completo
Autor(es):
Irina Dobrescu
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Daniel Youssef Bargieri; Josué da Costa Lima Junior; Daniela Santoro Rosa; Gerhard Wunderlich
Orientador: Daniel Youssef Bargieri
Resumo

A malária é uma doença evitável, diagnosticável e tratável. No entanto, a doença causa milhares de mortes a cada ano e milhões de pessoas ainda estão em risco. Quase todos os casos de malária no mundo são devidos à infecção por Plasmodium vivax ou P. falciparum. Há uma necessidade urgente de eliminar a malária, uma vez que a resistência aos medicamentos está reaparecendo, e novas estratégias, como vacinas eficientes, serão necessárias. O desenvolvimento de uma vacina contra a malária é um dos maiores desafios das ciências biomédicas. O desenvolvimento de vacinas contra o P. vivax é ainda mais desafiador, pois o parasita não pode ser continuamente cultivado em laboratórios. A falta de culturas tem sido um obstáculo para testes pré-clínicos de formulações vacinais contra o P. vivax com base em antígenos conhecidos e torna a descoberta de novos antígenos particularmente difícil. Este projeto teve duas propostas principais: i) usar o modelo murino da malária, P. berghei, para construir parasitas híbridos expressando um antígeno da fase sanguínea de P. vivax, MSP119, e usar o parasita híbrido para desafiar camundongos vacinados com formulações baseadas na PvMSP1 e assim testar a eficácia dessas formulações; ii) usar o P. berghei para procurar homólogos funcionais da proteína PfRH5 de P. falciparum, um antígeno vacinal promissor que recentemente se mostrou ligar-se à basigina na superfície das hemácias e ser essencial para a invasão. Demonstramos que a substituição da proteína MSP119 de P. berghei pela proteína de P. vivax é possível, tanto nas linhagens ANKA como NK65. Os parasitas híbridos tiveram um padrão de infecção similar às cepas selvagens. A imunização de camundongos com formulações vacinais baseadas na PvMSP119 induziu altos títulos de IgG específicos. O modelo de imunização com camundongos BALB/c e o desafio com o parasita híbrido NK65 pode ser um modelo interessante para testes de formulações vacinais de PvMSP119. A formulação contendo a proteína recombinante FliC-PvMSP119- PADRE + poly (I: C) foi a mais protetora neste modelo, mostrando um atraso na mortalidade dos animais imunizados, apesar de não haver controle de parasitemia. Além disso, a proteína RIPR de P. berghei foi mostrada essencial para a replicação eritrocítica do parasita, assim como em P. falciparum. A PbRIPR também se localiza nas micronemas e seu interactoma foi descrito. (AU)

Processo FAPESP: 14/23083-1 - Desenvolvimento de vacinas para Plasmodium vivax e descoberta de novos antígenos usando o modelo P. berghei
Beneficiário:Irina Dobrescu
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado