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Mário de Andrade: autor em cena (cenografia autoral e recitação literária)

Texto completo
Autor(es):
Marcelo Castro da Silva Maraninchi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcos Antonio de Moraes; Ricardo Nascimento Fabbrini; Renata Azevedo Requião; Cristiane Rodrigues de Souza
Orientador: Vagner Camilo
Resumo

Este trabalho investiga as máscaras, vozes e gestos da poesia de Mário de Andrade. A hipótese é que a recitação literária deixou marcas profundas - ainda inexploradas - na figuração autoral e nos elementos formais de Pauliceia desvairada (1922) e Losango cáqui ou afetos militares de mistura com os porquês de eu saber alemão (1926). Muito difundida no começo do século 20, tanto nos círculos parnasiano-simbolistas quanto de vanguarda, a recitação era assunto de poéticas e manuais, tinha destaque em salões e solenidades públicas, compunha a cultura oral de prestígio e fazia parte da formação dos poetas. Cogitações teóricas, cartas e obras dotadas de marginália, na falta do registro sonoro, esclarecem o peso da voz para a concepção e a prática poética de Mário de Andrade. Mais que tudo, os poemas de Pauliceia desvairada, no quadro de uma teoria do verso harmônico, sedimentam a arte de dizer em sua pontuação, onomatopeias, interjeições, vocativos, epítetos, melodias, rubricas cênicas e nos procedimentos construtivos de montagem e colagem. Além dos poemas e paratextos, documentos de arquivo informam a recitação como parte da gênese da obra e da identidade autoral. A análise desses componentes voco-gestuais respalda uma interpretação épica, distanciada e anti-ilusionista da poesia e do Autor. (AU)

Processo FAPESP: 17/26782-6 - Mário de Andrade: cenografia autoral (1917-1922)
Beneficiário:Marcelo Castro da Silva Maraninchi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado