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Efeitos da pré-ativação de músculos inspiratórios sobre a potência mecânica e oxigenação muscular durante esforço de alta intensidade: estudos com indivíduos ativos, atletas de futebol e análise de redes complexas

Texto completo
Autor(es):
Anita Brum Marostegan
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Limeira, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Aplicadas
Data de defesa:
Membros da banca:
Fúlvia de Barros Manchado Gobatto; Wladimir Rafael Beck; Aparecida Maria Catai; Allan Silva Pinto
Orientador: Fúlvia de Barros Manchado Gobatto; Marlene Aparecida Moreno
Resumo

A presente tese de doutorado investigou os efeitos da pré-ativação de músculos inspiratórios (PA de MI) sobre os parâmetros mecânicos e fisiológicos, incluindo a oxigenação muscular do bíceps braquial (BB, menos ativo) e do vasto lateral (VL, mais ativo) por espectroscopia de infravermelho próximo (NIRS), em dois esforços de alta intensidade, porém diferentes durações. O primeiro esforço analisado foi a corrida atada de alta intensidade em esteira não motorizada (all-out de 30 s – AO30), executada por 16 indivíduos ativos e saudáveis, sob a influência de diferentes cargas de PA de MI sendo elas: 15%, 40% e 60% da pressão inspiratória máxima (PImáx) e uma sessão sem a intervenção, considera controle (Estudo I – Parte 1). Por meio desse primeiro estudo foi possível analisar e compreender as respostas dos parâmetros estudados, durante e após o esforço, identificando a carga inspiratória equivalente à 40% da PImáx individual como a intervenção que resultou em melhora dos parâmetros mecânicos e fisiológicos durante e após o AO30. Assim, a intervenção com essa carga inspiratória foi adotada na investigação dos efeitos da PA de MI por análise de redes complexas (métricas de centralidade Degree e Eigenvector) implementado a compreensão dos ajustes gerados pela PA de MI durante e após o AO30 de modo mais integrado, por análise das conexões implementadas por essa intervenção (Estudo I – Parte 2). Em um segundo momento, os efeitos da PA de MI foram investigados no contexto do futebol de campo, sendo analisados seus impactos sobre um sprint semi-atado de 6 s de alta intensidade, aplicado em próprio ambiente de treinamento. Nesse caso, 10 atletas de futebol foram submetidos a um teste de Sprint atados a um carro de resistência variável (CRV), que permitiu a obtenção de dados de força, velocidade e potência para o estudo dos efeitos da intervenção respiratória sobre respostas mecânicas na corrida. Ainda, a oxigenação de músculos mais e menos ativos sob a influência da carga de 40% da PImáx foi investigada. (Estudo II). Em conjunto, os resultados obtidos nesse processo indicam que o uso de diferentes cargas de PA de MI pode melhorar o desempenho de indivíduos fisicamente ativos submetidos a corrida atada máxima de 30 s, o que pode ser confirmado por aumento dos valores pico, médio e mínimo de variáveis mecânicas durante o teste em laboratório. Além disso, a carga equivalente à 40% da PImáx foi capaz de melhorar o índice de saturação tecidual (TSI) do BB durante a fase de recuperação, o que pode indicar maior disponibilidade de oxigênio para o auxílio na remoção de lactato sanguíneo produzido durante o esforço de alta intensidade e curta duração. Os efeitos da PA de MI com carga 40% foram confirmados por grafos gerados por análise de redes complexas, os quais se mostraram alterados quando a intervenção respiratória precedeu o exercício, enfatizando as respostas de oxigenação muscular em membros superiores e inferiores. O lactato sanguíneo também desempenhou um papel importante nos cenários observados, especialmente após a estratégia muscular inspiratória. Nossos achados confirmam que a pré-ativação dos músculos inspiratórios promove modulações no organismo, integrando melhor as respostas fisiológicas, que pode aumentar o desempenho e melhorar a recuperação. Contudo, mesmo sendo capaz de modular as conexões entre variáveis fisiológicas, os efeitos dessa estratégia parecem não impactar as respostas observadas em esforços de alta intensidade e curtíssima duração, já que atletas de futebol que realizaram um esforço semi-atado por 6s não foram beneficiados pela PA de MI executada à 40% da PImax (AU)

Processo FAPESP: 19/20894-2 - Corrida atada máxima aplicada a jogadores de futebol e indivíduos ativos em dois cenários: investigações sobre potência mecânica e oxigenação em músculos mais e menos ativos por modelo de redes complexas
Beneficiário:Anita Brum Marostegan
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto