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Efeitos do uso local de células-tronco mesenquimais e sistêmico de paratormônio e pentoxifilina na reparação de defeitos ósseos

Texto completo
Autor(es):
Jaqueline Isadora Reis Ramos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Adalberto Luiz Rosa; Emanuela Prado Ferraz; Gileade Pereira Freitas; Alexander Tadeu Sverzut
Orientador: Adalberto Luiz Rosa; Márcio Mateus Beloti
Resumo

A regeneração do tecido ósseo, em certas situações clínicas, necessita de tratamentos adicionais, dentre os quais estão o uso da terapia celular, baseada no uso local de células, e da terapia farmacológica, baseada no uso sistêmico de drogas com efeito anabólico sobre o tecido ósseo. Na terapia celular, células-tronco mesenquimais (MSCs) apresentam potencial para induzir a formação óssea quando localmente injetadas em defeitos ósseos, no entanto, ainda não resultando no completo reparo desses defeitos. Para a terapia farmacológica, duas drogas estão clinicamente disponíveis, o paratormônio (PTH) e a pentoxifilina (PTX), ambas com efeito anabólico sobre o tecido ósseo. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar se a combinação de injeção local de MSCs derivadas da medula óssea com o uso sistêmico de PTH e PTX é capaz de induzir o reparo de defeitos ósseos. Inicialmente, por meio de avaliações por microtomografia (µCT) e histológicas, investigamos as doses mais efetivas sobre o tecido ósseo de PTH (administrado via subcutânea) e PTX (administrado via oral) após 28 dias de uso diário dessas drogas. Para isso, avaliamos o tecido ósseo na região da calvária e dos fêmures de ratos. Nas calvárias, defeitos ósseos de 5 mm foram criados, e para mimetizar defeito ósseo pré-existente, os tratamentos foram iniciados somente após 2 semanas da criação dos defeitos. Em seguida, foram avaliados os efeitos sistêmicos de cada uma dessas drogas, assim como sua combinação, no peso corporal, hemograma, níveis séricos de cálcio, marcadores de formação (P1NP) e reabsorção óssea (CTX), e análise histológica dos rins e fígados. Posteriormente, foi avaliada semanalmente por µCT a formação óssea em defeitos de calvária de ratos induzida pela combinação de injeção local de MSCs (5.106 células/50 µl de PBS) com uso sistêmicas de PTH, PTX ou sua combinação. Nossos resultados demonstraram que as doses mais eficazes de PTH e PTX para induzir formação óssea foram 40 µg/kg e 60 mg/kg, respectivamente. O uso do PTH, PTX ou sua combinação não demonstrou ao final de 28 dias de tratamento quaisquer efeitos sistêmicos adversos. Embora ambas as drogas sejam seguras e capazes de induzir formação do tecido ósseo, quando combinadas com células não apresentam efeito sinérgico, portanto, a combinação de PTH, PTX e MSCs não representam uma terapia adequada para se obter a regeneração de defeitos ósseos. (AU)

Processo FAPESP: 20/03616-6 - Efeitos das injeções locais de células-tronco mesenquimais e sistêmicas de paratôrmonio e pentoxifilina na reparação de defeitos ósseos
Beneficiário:Jaqueline Isadora Reis Ramos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto