Pelas raízes da dívida: dinâmicas agroextrativistas no Médio Juruá (AM)

Autor(es)

Bruno Campelo Pereira

• Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
• Imprenta: Campinas, SP.
• Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
• Data de defesa: 2024-11-28

Membros da banca

Artionka Manuela Góes Capiberibe; Magda dos Santos Ribeiro; Mauro William Barbosa de Almeida

• Orientador: Artionka Manuela Góes Capiberibe

Resumo

Este trabalho analisa as práticas agroextrativistas da comunidade do Roque (ou simplesmente "o Roque"), localizada na Reserva Extrativista (RESEX) do Médio Juruá, uma área protegida no sudoeste do estado do Amazonas. Antigamente uma colocação do seringal Pupunha, povoada por migrantes nordestinos durante os chamados Ciclos da Borracha, essa região passou por mudanças políticas significativas no final da década de 1980, impulsionadas pelo movimento dos seringueiros aliado a setores da Igreja Católica. Esta dissertação se concentra em sua produção agroextrativista, com ênfase no cultivo da mandioca e no extrativismo de sementes para a produção de farinha e óleos vegetais. Por meio de uma abordagem etnográfica, descrevo técnicas de produção e as dinâmicas de troca e comercialização desses produtos, destacando seus contrastes e suas particularidades. Com particular interesse nas relações por dívida que permeiam essas atividades, procuro entender as razões que levam à persistência do endividamento como mecanismo de relação na economia política local. O objetivo é investigar como se constroem entendimentos sobre economia no Roque, revelando as complexidades das relações econômicas de uma comunidade ribeirinha localizada na Amazônia ocidental (AU)

• Processo FAPESP: 21/06060-1 - Trajetórias de sementes e trajetos de troca: vida vegetal e práticas de coleta no Médio Juruá (AM)
• Beneficiário: Bruno Campelo Pereira
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado