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A crítica da faculdade judiciativa no horizonte da metafisica tradicional: alguns pressupostos para o estudo da Terceira Crítica de Kant

Texto completo
Autor(es):
Luciene Maria Torino
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Fausto Castilho; Franklin Leopoldo e Silva; Oswaldo Giacoia Junior; Luiz Benedicto Lacerda Orlandi
Orientador: Fausto Castilho
Resumo

A presente Dissertação tem como objetivo iniciar um estudo a respeito de alguns pressupostos, cuja investigação se revelou imprescindível para uma compreensão rigorosa e aprofundada da Crítica da Faculdade Judicativa (Kritik der Urteilskraft) de Kant. É possível sustentar que, sem uma tal investigação, a Terceira Crítica se afiguraria quase que impenetrável, já que é amplamente reconhecida por apresentar enormes dificuldades para seus intérpretes, entre as quais, o caráter bastante polêmico que cerca a reunião de seus temas - a Estética e a Teleologia -numa mesma obra critica. Diante dessas dificuldades, definiu-se que este estudo deveria consistir em iniciar uma perspectiva de interpretação da CFJ, através do esforço de delinear um problema no interior de um horizonte mais amplo, antes do que a estrita consideração do texto da obra ou mesmo dos limites da Filosofia Critica de Kant. Sendo, pois, esse horizonte justamente a relação entre Critica e Metafísica, a perspectiva exegética aqui orientou-se para uma interpretação segundo a qual a Terceira Critica procuraria trazer para o âmbito da Filosofia Transcendental alguns pressupostos metafísicos que pareciam ameaçar o edifício critico. E isto implicaria, na verdade, na retomada da discussão com uma das figuras mais tradicionalmente dogmáticas - diríamos - da Metafísica Clássica, a saber, o finalismo tecnico, a causalidade final, como pressuposto inevitável para pensar e conferir uma inteligibilidade mínima a certos objetos que se apresentam como problema para Kant entre os anos de 1787 - 1790: o vivo, o organismo, a natureza como sistema segundo fins, o belo, o sublime. Assim, partindo de uma explicitaçãodo significado do projeto critico kantiano em sua relação com a MetafísicaTradicional, este trabalho procurou mostrar como e o quanto as significações onto-teológicas da Metafísica Clássica estão arraigadas ao modelo de finalidade tecnica, pressuposto inevitável para pensar um objeto tão avesso aos limites da crítica, como o organismo vivo (AU)

Processo FAPESP: 97/09183-6 - Estudo sobre a crítica da faculdade de julgar de Kant
Beneficiário:Luciene Maria Torino
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado