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Influência da hiperglicemia e do estresse oxidativo na cinética de proliferação e morte celular no epitélio acinar da próstata de ratos diabéticos

Texto completo
Autor(es):
Marina Guimarães Gobbo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Rejane Maira Góes; Mary Anne Heidi Dolder; Luis Antonio Justulin Junior
Orientador: Rejane Maira Góes
Resumo

Os prejuízos do diabetes sobre a morfofisiologia prostática são conhecidos e associados à falta de insulina, queda de andrógenos e hiperglicemia. Estudos anteriores com diabetes mostraram ampla variação individual da resposta histológica da próstata frente a esta doença. Visando esclarecer os fatores responsáveis por essa variação, foram examinadas as correlações entre resposta histológica da próstata com a glicemia, com os níveis séricos de testosterona e estrógeno no diabetes em curto termo. Sabe-se que a hiperglicemia leva à formação de produtos finais de glicação não-enzimática (AGE) e à conseqüente superprodução de espécies reativas de oxigênio. Um aumento na apoptose foi constatado previamente no epitélio prostático após longos períodos de diabetes e da queda androgênica, sugerindo a influência da hiperglicemia e do estresse oxidativo nesse processo. Assim, no primeiro experimento, foi analisado o impacto do diabetes induzido por estreptozotocina no sistema antioxidante (AOS) da próstata ventral de ratos (VP) e a influência da suplementação com vitamina C (ácido ascórbico). Também foram examinadas as repercussões do estresse oxidativo na sensibilidade androgênica e cinética de proliferação e morte celular dessa glândula. Para isso, induziu-se o diabetes em ratos Wistar adultos pela estreptozotocina (4 mg/100g peso corporal), seguidos ou não do tratamento com vitamina C (150 mg/kg peso corporal/dia), via gavagem. Foram formados os seguintes grupos: controle (C), controle tratado com vitamina C (C+V), diabético (D) e diabético tratado com vitamina C (D+V). Os animais foram sacrificados após 30 dias de diabetes e a VP foi processada. Os níveis de malondialdeído (MDA) e as atividades de catalase (CAT), superoxido dismutase (SOD), glutationa peroxidadase (GPx) e glutationa S-transferase (GST) foram mensurados na próstata e no sangue. A vitamina C diminuiu os níveis de apoptose elevados pelo diabetes, porém não normalizou a proliferação celular nem protegeu contra o dano oxidativo. O AOS sangüíneo não foi afetado com um mês de diabetes, porém os níveis de CAT e GST aumentaram na glândula. O MDA e a expressão de N?-(carboxymetil) lisina (CML), um dos principais AGE, também elevaram marginalmente nos grupos diabéticos. Também foi realizado um segundo experimento de indução do diabetes pela aloxana (42 mg/kg de peso corpóreo) com ou sem tratamento com insulina (5 UI/dia) As alterações morfológicas na VP foram examinadas em cortes histológicos em historresina, segundo as diferentes faixas de glicemia. Constatou-se uma relação inversa entre a glicemia e a razão testosterona/estrógeno com o peso da VP. A atrofia nas extremidades distais dos ductos mostrou-se associada com altos valores glicêmicos. A insulina não impediu as alterações causadas pelo diabetes, principalmente quando o controle da glicemia não foi eficaz. Deste modo, o dano oxidativo é responsável, parcialmente, pelo desequilíbrio na proliferação e morte celular causados pelo diabetes. A GST é um bom indicador da defesa antioxidante na próstata nos estágios iniciais dessa desordem metabólica e o aumento de sua atividade pode estar relacionado com o subseqüente desenvolvimento de lesões malignas. Nossos dados indicam que a hiperglicemia prolongada aliada ao desequilíbrio hormonal sejam os principais responsáveis pelas alterações drásticas na VP dos animais diabéticos sem reposição de insulina (AU)

Processo FAPESP: 09/06885-9 - Influência da hiperglicemia e do estresse oxidativo na cinética de proliferação e morte celular no epitélio acinar da próstata de ratos diabéticos
Beneficiário:Marina Guimarães Gobbo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado