Odisseu e o abismo: Roger Bastide, as religiões de origem africana e as relações raciais no Brasil

Autor(es)

Priscila Nucci

• Tipo de documento: Tese de Doutorado
• Imprenta: Campinas, SP.
• Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
• Data de defesa: 2006-12-12

Membros da banca

Elide Rugai Bastos; Renato Ortiz; Fernando Antonio Lourenço; Glaucia K. Villas Boas; Roberto Mauro Cortez Motta

• Orientador: Elide Rugai Bastos

Resumo

Neste trabalho analisaram-se as formas como o sociólogo francês Roger Bastide (1898-1974) articulou os termos raça/ religião em sua obra e, a partir disso, elaborou reflexões peculiares sobre o preconceito e as relações raciais no Brasil. Para isso, a análise centrou-se em recortes específicos de sua obra, nos quais se pôde perseguir a formulação que deu aos debates da aculturação/ interpenetração cultural, das religiões de origem africana no país, e das ¿relações raciais¿. O candomblé de rito nagô apresentou-se, em seus textos, como caso suigeneris de integração e parece se constituir em chave para o entendimento das razões pelas quais o autor elaborou determinado tipo de imagem e análises acerca da população afro-descendente em dado contexto. Outras chaves seriam: a polêmica em torno das reportagens da Paris Match e de O Cruzeiro, referentes a rituais secretos do candomblé e os usos possíveis que o autor fez do surrealismo e da história nas narrativas de O candomblé da Bahia e em As religiões africanas no Brasil. Todas estas frentes auxiliam a matizar e redimensionar as funções e intenções de alguns dos principais textos de Roger Bastide, para o tempo em que foram escritos (AU)

• Processo FAPESP: 02/02551-0 - A elaboracao dos saberes sobre o racismo no brasil e as imagens recriadas dos afro-brasileiros: textos de roger bastide sobre religiao e anti-racismo.
• Beneficiário: Priscila Nucci
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado