Busca avançada
Ano de início
Entree


Avaliação da hiperhomocisteinemia leve na evolução da aterosclerose em camundongos normais, com hemofilia B, deficiencia dos receptores para LDL ou da apolipoproteina E

Texto completo
Autor(es):
Ana Claudia Morandi Aléssio
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Joyce Maria Annichino Bizzacchi; Sergio Paulo Bydlowski; Antonio de Padua Mansur; Erich Vinicius De Paula; Cristina Pontes Vicente
Orientador: Joyce Maria Annichino Bizzacchi
Resumo

Nosso estudo teve o objetivo de analisar o efeito da hiperhomocisteinemia (HHcy) leve e controlada no desenvolvimento da aterosclerose em modelos murinos normais, deficientes de apolipoproteína E (apoE-/-), deficientes dos receptores de LDL (LDLR-/-) ou hemofílicos B. Foi realizada a quantificação das lesões ateroscleróticas no seio aórtico e análise do estresse do retículo endoplasmático (RE) pela técnica de western-blot. As concentrações de ácido fólico e vitamina B12 foram determinadas por radioimunoensaio e, a concentração da homocisteína (Hcy) plasmática por HPLC-MS/MS. Os camundongos receberam dietas enriquecidas em metionina por gavage com baixos ou altos níveis de ácido fólico, vitamina B12 e B6 (dietas B e C, respectivamente), e dieta com baixos níveis de ácido fólico, vitamina B12 e B6 (dieta D), para induzir uma HHcy leve. Os animais alimentados com dietas B, C e D apresentaram níveis de Hcy 3 a 5 vezes maiores que os encontrados nos animais normais alimentados com dieta padrão (dieta A), o que é proporcional à definição de HHcy leve em humanos. Os camundongos normais e hemofílicos B não desenvolveram lesão aterosclerótica, mesmo na presença da HHcy. Entretanto, os camundongos normais com dieta B por 24 semanas apresentaram aumento na expressão das proteínas Grp78 e Grp94, representando um estresse do RE. Os camundongos apoE-/- e LDLR-/- com dietas B, C e D por 8 e 20 semanas apresentaram aumento progressivo da lesão aterosclerótica, comparados aos camundongos alimentados com dieta A. Os camundongos apoE-/- com dieta B por 20 semanas apresentaram maior lesão quando comparados aos camundongos com dietas C e D. Esses resultados sugerem que a interação de fatores de risco podem ter um efeito aditivo e/ou sinérgico sobre o desenvolvimento da aterosclerose. Os camundongos apoE-/- tratados com dieta enriquecida em ácido fólico, vitamina B12 e B6 (dieta C) por 20 semanas mostraram menor desenvolvimento de lesões ateroscleróticas que os camundongos apoE-/- tratados com dieta deficiente destas vitaminas (dieta B), ambos submetidos a uma sobrecarga de metionina. Estes resultados corroboram o efeito protetor das vitaminas, particularmente a longo prazo. Como já sugerido em outros estudos, a metionina parece ter um efeito tóxico sobre a vasculatura arterial, evidenciado neste estudo pelo maior grau de lesão nos grupos de animais que tiveram como diferença na dieta a presença deste aminoácido (grupo B vs grupo D). Como os animais hemofílicos morreram muito precocemente, em decorrência de hemorragias, a análise dos resultados ficou comprometida, apenas permitindo demonstrar que não houve formação de lesão aterosclerótica com 8 semanas de exposição às dietas, apesar do aumento da Hcy (AU)

Processo FAPESP: 03/12635-9 - Avaliação da hiperhomocisteinemia na evolução da aterosclerose em camundongos com Hemofilia B, deficiência da Apolipoproteína E e/ou dos receptores para LDL
Beneficiário:Ana Claudia Morandi Aléssio
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado