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Efeito de hidrolisados de amido de diferentes equivalentes de dextrose na acidogenicidade do biofilme e desmineralização dental

Texto completo
Autor(es):
Karla Evelyn Cook
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Cinthia Pereira Machado Tabchoury; Carolina Patrícia Aires; Wander José da Silva
Orientador: Cinthia Pereira Machado Tabchoury
Resumo

Subprodutos da hidrólise do amido, de diferentes equivalente de dextrose (ED), que é uma medida do seu poder redutor, têm sido largamente utilizados pela indústria de alimentos devido às suas propriedades. Embora o amido seja considerado não cariogênico ou levemente cariogênico, os hidrolisados de amido são capazes de levar a uma substancial queda no pH do biofilme dental, sugerindo desta forma um potencial cariogênico. No entanto, nenhum estudo comparou o efeito de hidrolisados de amido de diferentes EDs na desmineralização dental. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de hidrolisados de amido de diferentes EDs na desmineralização do esmalte e dentina in situ, assim como na acidogenicidade do biofilme dental formado in vivo e in situ. O estudo in vivo teve delineamento cruzado, com 6 fases experimentais e 12 voluntários. Os voluntários interromperam a higiene nos dentes posteriores por 3 dias, enquanto realizaram 5 bochechos diários com um dos seguintes tratamentos: água purificada (controle negativo); sacarose; glicose; hidrolisado de amido ED 5; hidrolisado de amido ED 20; hidrolisado de amido ED 40. As soluções de tratamento foram preparadas na concentração de 20%. No quarto dia de cada fase, o pH do biofilme dental formado in vivo foi avaliado no tempo zero (baseline) e após 5, 15, 30 e 60 min da realização de bochecho com a respectiva solução de tratamento. O experimento in situ teve delineamento cruzado e boca-dividida quanto aos tratamentos e foi conduzido em 3 fases experimentais de 14 dias. Quatorze voluntários adultos usaram dispositivo palatino contendo 8 blocos dentais, sendo 2 blocos de esmalte e 2 blocos de dentina de cada lado do dispositivo. Os voluntários foram submetidos aos seguintes tratamentos: água purificada (controle negativo), amido 2%, sacarose 10%, hidrolisado de amido ED 5 10%, hidrolisado de amido ED 20 10% e hidrolisado de amido ED 40 10%. As soluções foram extra-oralmente gotejadas sobre os blocos 8 x/dia. No 15o dia, a acidogenicidade do biofilme foi determinada (no tempo zero e 5 min após exposição às respectivas soluções daquela fase) e os blocos dentais foram coletados para análise da dureza de superfície e do bloco seccionado longitudinalmente. No experimento in vivo, todos os tratamentos, com exceção da água, causaram significativa queda de pH após 5 minutos de bochecho, sem diferença estatística entre os hidrolisado de amido. Aos 30 min, não foram encontradas diferenças estatísticas entre os tratamentos contendo carboidratos, os quais alcançaram os níveis basais aos 60 min. No experimento in situ, todos os hidrolisados de amido levaram a quedas no pH do biofilme. Quanto à perda mineral, os hidrolisados de ED 20 e 40 causaram perdas significativamente maiores que os grupos água e amido, tanto em esmalte quanto em dentina, no entanto menores que as da sacarose. Concluindo, os hidrolisado de amido são capazes de induzir desmineralização dental em esmalte e dentina, efeito este que depende do seu equivalente de dextrose (AU)

Processo FAPESP: 09/13149-7 - Efeito de hidrolisados de amido com diferentes equivalentes de dextrose na acidogenicidade do biofilme e desmineralização dental
Beneficiário:Karla Evelyn Cook
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado