Sobre a subjetividade contemporânea na (re)significação do espaço público: afetos ...
Vida a credito: consumo, endividamento e experiencia emocional.
Aceleração do tempo e pós-democracia: violência e comunicação
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Autor(es): |
Arthur Oliveira Bueno
Número total de Autores: 1
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Tipo de documento: | Dissertação de Mestrado |
Imprenta: | São Paulo. |
Instituição: | Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) |
Data de defesa: | 2009-03-10 |
Membros da banca: |
Sergio Miceli Pessoa de Barros;
Maria Filomena Gregori;
Nadya Araujo Guimaraes
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Orientador: | Sergio Miceli Pessoa de Barros |
Resumo | |
Os Devedores Anônimos são um grupo de ajuda-mútua reunindo indivíduos que se consideram compradores e/ou endividados compulsivos. A partir de pesquisa de campo realizada nos encontros do grupo e de entrevistas aprofundadas com seus membros, são analisadas tanto as condutas econômicas desses agentes antes da entrada no DA, quanto os efeitos que a permanência no grupo tende a engendrar em seu comportamento. Identificando os mecanismos presentes em certas experiências problemáticas no interior da ordem econômica especialmente no que se refere a compras e tomadas de empréstimos vistas pelos próprios implicados como injustificadas, impensadas ou irracionais , este trabalho mostra também como, funcionando à maneira de um dispositivo de racionalização, o grupo incide sobre as condutas econômicas de seus usuários de modo a torná-las mais ajustadas a certas exigências da ordem econômica atual. Isso por meio de mecanismos particulares, que atuam seja incitando a reflexividade e dirigindo a atenção desses agentes para aspectos antes despercebidos das ações econômicas cotidianas (produzindo, assim, um investimento renovado em tais operações), seja suscitando implicitamente dinâmicas afetivas que tendem a conduzi-los na direção de uma maior racionalidade econômica. Demonstra-se, desse modo, não só como certas experiências emocionais contribuem para a realização de ações econômicas que, depois, podem ser motivo de arrependimento, mas também como esse tipo de racionalidade e seu ideal, o modelo do homo oeconomicus não se opõe às emoções, às paixões, mas depende, para sua própria efetivação, de dinâmicas afetivas peculiares. (AU) | |
Processo FAPESP: | 05/57961-6 - Vida a credito: consumo, endividamento e experiencia emocional. |
Beneficiário: | Arthur Oliveira Bueno |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Mestrado |