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Moderno Bandeirante: Paulo Prado entre espaços e tradições

Texto completo
Autor(es):
Thais Chang Waldman
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Fernanda Arêas Peixoto; Marta Rosa Amoroso; Paulo Teixeira Iumatti
Orientador: Fernanda Arêas Peixoto
Resumo

Este trabalho pretende estudar a obra, o percurso e o legado de Paulo da Silva Prado (1869-1943), observando atentamente suas redes de sociabilidade e inserção. Reconhecido como personagem central pelo grupo de intelectuais e artistas ligados à Semana de Arte Moderna de 1922, Paulo Prado é muitas vezes deixado de lado pelos estudiosos e, em geral, se faz presente nas análises de bastidores e/ou em referências de terceiros. Além de ser um dos maiores exportadores e produtores de café da época, Paulo Prado é autor de dois livros sobre a história de São Paulo e a formação do povo brasileiro - Paulística (1925) e Retrato do Brasil (1928). Também publicou editoriais, artigos e resenhas em importantes periódicos, (re)editou documentos inéditos sobre o período colonial, participou da fundação e do controle de revistas modernistas, e se fez presente como um dos principais organizadores e financiadores da Semana de 1922, entre outras coisas. Paulo Prado mostra-se assim como um importante mediador entre diferentes universos, sendo justamente este o foco da presente pesquisa. Se por um lado ele promove a Semana de Arte Moderna, ele já tinha 53 anos na época. Além disso, é um elo fundamental entre os modernistas e um grupo de intelectuais que compõem uma geração anterior a sua, a de seu tio, o jornalista e monarquista Eduardo Prado (1860-1901). Possui ainda um forte vínculo com o historiador cearense Capistrano de Abreu (1853-1927), um marco da moderna historiografia brasileira, que ele conhece por intermédio de Eduardo Prado. Por fim, pode ser visto também como uma figura-ponte entre o ensaísmo da década de 1920 e aquele que terá expressão maior em 1930, em obras como as de Sérgio Buarque de Holanda (1902- 1987), Gilberto Freyre (1900-1987) e Caio Prado Júnior (1907-1990). Todos eles, vale lembrar, possuidores de vínculos pessoais e de amizade com Paulo Prado. Ao enfrentar analiticamente a produção de Paulo Prado e o contexto no qual ela foi gestada, já que ambos são inseparáveis, acredito ser possível definir a posição central do autor no universo intelectual da época, levando a sério suas idéias e formulações, que ficam a meio caminho entre a arte e a ciência, a literatura e a história. (AU)

Processo FAPESP: 06/59048-9 - Paulo prado e o ensaismo de 1920: historia, cultura e nacionalidade.
Beneficiário:Thais Chang Waldman
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado