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A manifestação das noções de ignorância e de conhecimento no português brasileiro: o caso de algum e (um) certo

Texto completo
Autor(es):
Lidia Lima da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ana Lucia de Paula Muller; José Borges Neto; Marcelo Barra Ferreira; Ana Paula Quadros Gomes; Esmeralda Vailati Negrao
Orientador: Ana Lucia de Paula Muller
Resumo

O estudo de diferentes línguas tem permitido observar a existência de pronomes indefinidos e de determinantes indefinidos que podem ser associados ao estado de conhecimento ou desconhecimento do falante, ou de outro agente saliente (como o sujeito da sentença), em relação ao referente do sintagma determinante (constituído pelo pronome ou pelo determinante e um nome). Muitos estudiosos (cf. ABUSCH; ROOTH, 1997; ALONI, 2007; ALONI; VAN ROOIJ, 2007; ALONSO-OVALLE; MENÉNDEZ-BENITO, 2010; BECKER, 1999; CHIERCHIA, 2006; CONDORAVDI, 2008; EBERT; EBERT; HINTERWIMMER, no prelo; FARKAS, 2006; HINTERWIMMER; UMBACH, no prelo; HASPELMATH, 1997; IONIN, 2008; JAYEZ; TOVENA, 2006; KRATZER; SHIMOYAMA, 2002; ZAMPARELLI, 2007; entre outros) têm se dedicado à descrição e à análise desses indefinidos. O objetivo deste trabalho é descrever e explicar, a partir do aparato teórico da Semântica Formal, as contribuições semânticas e pragmáticas que algum e (um) certo e trazem para o significado das sentenças em que aparecem. Defende-se que, no que diz respeito à marcação da identificabilidade do referente, esses indefinidos estão em posições opostas, pois, enquanto algum combinado com nomes contáveis e massivos marca que o falante (ou outro agente saliente) não está em condições de identificar o referente do DP, (um) certo, por sua vez, marca que o falante deve identificar o referente. No entanto, quando combinados com nomes como charme, ambos marcam imprecisão em relação a uma escala grau presente no nome. Este trabalho pretende ser uma contribuição para o entendimento da semântica de determinantes indefinidos no português brasileiro. Ao descrever e analisar o comportamento semântico e pragmático de algum e (um) certo, este texto contribui, de maneira mais abrangente, para o estudo que tem se desenvolvido em várias línguas com o objetivo de construir uma tipologia para os indefinidos associados ao estado epistêmico do falante. (AU)

Processo FAPESP: 09/06371-5 - A manifestação das noções de ignorância e de conhecimento no português brasileiro: os casos de "algum" e "(um) certo".
Beneficiário:Lidia Lima da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado