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Perfis microbianos subgengivais e doenças periodontais em uma população isolada brasileira

Texto completo
Autor(es):
Priscila Corraini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia (FO/SDO)
Data de defesa:
Membros da banca:
Francisco Emilio Pustiglioni; Ana Paula Vieira Colombo; José Roberto Cortelli; Fernando de Oliveira Costa; Cristiano Susin
Orientador: Francisco Emilio Pustiglioni
Resumo

OBJETIVOS: investigar a prevalência e a presença de distintos perfis microbianos no biofilme subgengival e avaliar o seu papel no diagnóstico e risco das doenças periodontais destrutivas em uma população isolada brasileira sem acesso à tratamento periodontal e tradição ao uso de métodos de higiene bucal. MATERIAL E MÉTODOS: A população-alvo consistiu de todos os indivíduos com 12 ou mais anos de idade (N= 264) residentes na microárea Cajaíba, identificados por meio de um censo. Estes indivíduos foram entrevistados por meio de um questionário estruturado e submetidos a um exame periodontal completo que consistiu na avaliação de 6 sítios por dente em toda a boca e na coleta de amostras do biofilme subgengival em 4 sítios por indivíduo. A detecção dos micro-organismos A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, P. intermedia, T. forsythia e C. rectus, bem como a distribuição dos sorotipos e presença do clone JP2 do A. actinomycetemcomitans foram avaliadas por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR). RESULTADOS: A. actinomycetemcomitans foi detectado em 25% dos indivíduos, enquanto que P. gingivalis T. forsythia, P.intermedia e C. rectus foram detectados em 64%, 59%, 38% e 90% dos indivíduos, respectivamente. Entre as amostras positivas para o A. actinomycetemcomitans (n=42), 18 (42%) representaram o sorotipo a, 2 (5%) o sorotipo b, 19 (46%) o sorotipo c, 1 (2%) o sorotipo e, e 4 (10%) foram não-sorotipáveis. O clone JP2 do A. actinomycetemcomitans não foi detectado em nenhum indivíduo desta população. Dois perfis microbianos subgengivais foram identificados: (perfil 1) nenhum dos microrganismos estudados, com exceção do C. rectus (n = 31), e (perfil 2) co-ocorrência de P. gingivalis e T. forsythia (n = 77). O perfil 1 demonstrou valores de sensibilidade extremamente baixos, enquanto que o perfil 2 apresentou valores de sensibilidade variados na identificação dos desfechos subrrogados periodontais avaliados, e valores de baixos a moderados para a especificidade. Os seguintes perfis subgengivais estiveram associados com a prevalência de perda clínica de inserção (NCI) e profundidade de sondagem (PS) nos modelos finais de regressão logística múltipla, ajustados para variáveis demográficas, biológicas e comportamentais: T. forsythia (PS e NCI 5 mm, e 7 mm), P. gingivalis (NCI 7 mm) e o perfil 2 (PS 5 mm e NCI 7 mm). CONCLUSÕES: Os micro-organismos periodontais estudados foram prevalentes nessa população isolada. Esta população apresentou predominância dos sorotipos a e c do A. actinomycetemcomitans. Dois perfis microbianos subgengivais puderam ser identificados nesta população isolada. Porém, eles não foram superiores ao diagnóstico de parâmetros clínicos periodontais específicos, quando adicionados à informação clínica tradicional. Perfis microbianos subgengivais apresentando T. forsythia como indicador de risco foram significativamente associados com o aumento da PS e do NCI nessa população isolada. (AU)

Processo FAPESP: 09/50555-3 - Epidemiolgia da doenca periodontal destrutiva em uma populacao isolada brasileira: prevalencia, extensao, severidade e associacao a fatores ambientais, biologicos e comportamentais
Beneficiário:Priscila Corraini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado