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Efeito neuroprotetor do Tempol (4-hidroxi tempo) após transecção do nervo isquiático em ratos neonatos

Texto completo
Autor(es):
Gabriela Bortolança Chiarotto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira; Valéria Paula Sassoli Fazan; Fábio Rogério
Orientador: Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira
Resumo

A lesão do nervo periférico em animais neonatos resulta em extensa morte neuronal na medula espinal e nos gânglios das raízes dorsais. Como a maior parte da perda neuronal é devido ao estresse oxidativo e mecanismos apoptóticos, vários estudos têm sido realizados a fim de investigar o efeito de substâncias neuroprotetoras. Dentre esses fármacos, o antioxidante Tempol tem mostrado resultados promissores, uma vez que é capaz de quelar espécies reativas de oxigênio (ROS) e minimizar, ou mesmo prevenir, danos teciduais. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos neuroprotetores do Tempol sobre a morte neuronal induzida pela secção do nervo isquiático em ratos recém-nascidos. Para as análises morfológicas, ratos Wistar com dois dias de idade (P2), foram submetidos à secção do nervo isquiático esquerdo e foram divididos em dois grupos: (1) grupo tratado com Tempol (24mg/kg), 10 minutos, 6 horas e a cada 24 horas após a lesão por até 1 semana; (2) grupo veículo - tratado com o veículo de diluição do Tempol nos mesmos períodos de tratamento. Os animais de ambos os grupos foram sacrificados em tempos de sobrevida de 8, 12, 24, 72 horas e uma semana após a lesão. O lado contralateral da medula foi utilizado como controle interno para análise dos resultados. Após os respectivos dias de sobrevida, os animais foram anestesiados e submetidos à toracotomia para perfusão com solução salina e fixadora. Em seguida, o conjunto contendo a intumescência lombar e as raízes nervosas foram processadas para posterior confecção dos cortes histológicos. Secções transversais de 12 ?m da intumescência lombar foram utilizadas nas técnicas de Microscopia de luz para avaliação da sobrevivência neuronal e TUNEL para detecção e quantificação de células apoptóticas. Os resultados demonstraram que o tratamento com Tempol aumentou a sobrevivência de motoneurônios da medula espinal em 15% após 8 horas; 19% após 12 horas; 13% após 24 horas; 15% após 72 horas e 21% após uma semana pós-lesão (p<0,0001). Da mesma forma, os animais tratados com Tempol apresentaram uma diminuição do número de células TUNEL positivas, indicando uma redução dos eventos apoptóticos. Para a realização da qRT-PCR, a intumescência lombar foi dissecada 12 e 24 após lesão. Os resultados mostraram um aumento na expressão gênica de 13, 3 e 28 vezes para bax, caspase3 e bcl2, respectivamente, após 12 horas da axotomia e tratamento com Tempol. Após 24 horas houve redução na expressão dos genes estudados, porém, esta não foi estatisticamente significativa. Como um todo, os presentes resultados mostraram que o tratamento com Tempol é neuroprotetor, levando à maior sobrevivência de motoneurônios após a lesão de nervo periférico, minimizando a ocorrência de eventos apoptóticos (AU)

Processo FAPESP: 11/12857-8 - Efeito neuroprotetor do Tempol (4 - hidroxi - Tempo) após transecção do nervo isquiático em ratos neonatos
Beneficiário:Gabriela Bortolança Chiarotto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado