Investigação de genes relacionados ao metabolismo dos fosfolípides como fatores de risco para o transtorno afetivo bipolar

Resumo

Vários estudos indicam que o componente genético é um fator de risco para o transtorno afetivo bipolar. Considerando que os fosfolípides exercem um papel relevante nos processos de transdução de sinais e que os estudos da neuroquímica dos estabilizadores do humor convergem em apontar sua ação nas vias de sinalização intraneuronal reguladas pelas fosfolipases, decidimos averiguar as variantes gênicas de enzimas reguladoras do metabolismo dos fosfolípides como as fosfolipases A2, fosfolipase C e inositol fosfatases como potenciais genes de susceptibilidade para este distúrbio do humor. Para tanto estudaremos a distribuição dos polimorfismos destes genes numa amostra de casos e controles bem como em trios constituídos por afetados e seus genitores na busca de uma transmissão preferencial de certas variantes gênicas para os portadores do fenótipo bipolar. Abrindo assim uma perspectiva de ampliação do conhecimento acerca dos fatores de risco e dos mecanismos fitopatológicos envolvidos no surgimento destes quadros. (AU)