Estudo neuromorfológico, neurofarmacológico e neuroetológico das respostas induzidas pelo medo e do efeito de drogas antipânico sobre o comportamento defensivo de Mesocricetus auratus em contato agressivo com Crotalus durissus terrificus (Reptilia, Viperidae)

Resumo

Muitos estudos têm implicado o teto mesencefálico como responsável pelo controle de respostas defensivas elaboradas durante situações de perigo iminente. Os corpos quadrigêmeos possuem substratos neurais envolvidos com a detecção de estímulos visuais e sonoros que, ao serem interpretados como aversivos, podem induzir respostas de orientação da cabeça em direção à fonte de perigo e respostas imediatas e explosivas de fuga. A substância cinzenta periaquedutal dorsal, as camadas profundas do colículo superior e o colículo inferior têm sido considerado importantes estruturas envolvidas na elaboração do medo e da defesa afetiva. Este trabalho pretende estudar a ativação dessas estruturas e circuitos modulatórios adjascentes em Mesocricetus auratus durante o confronto agressivo com serpente venenosa (Crotalus durissus terrificus), através do estudo da ativação de proto-oncogenes durante o contato com o predador. O efeito do tratamento crônico (21 dias) com drogas antipânico (clomipramina, fluoxetina e paroxetina) administradas por via intraperitoneal será avaliado durante a exposição à situação de perigo. (AU)