A fauna de formigas de serrapilheira é estruturada? Testes em escalas locais e regionais com modelos morfológicos nulos, proporcionalidade de guildas e estados favoráveis

Resumo

Este estudo pretende testar a estrutura de comunidades de formigas de serrapilheira, utilizando diferentes modelos estatísticos: (1) modelos morfológicos nulos para testar padrões de similaridade morfológica das espécies que co-ocorrem; (2) testes de co-ocorrências com modelos de proporcionalidade de guildas e de estados favoráveis; (3) análises de sobreposição do nicho. Para aplicar os testes, utilizarei os dados de coletas sistemáticas realizadas em 26 localidades de Mata Atlântica durante o projeto temático Biota-Fapesp, regularmente espaçadas, somando 1.400 amostras de 1m2 de serrapilheira. Inicialmente, o projeto prevê um estudo de morfometria de todas as espécies. Para caracterizar morfologicamente as espécies, medidas sabidamente associadas a caracteres ecológicos importantes destas espécies serão tomadas, selecionadas a partir de um estudo morfológico realizado em 4 localidades e para os testes que envolvem guildas, as espécies serão classificadas seguindo um esquema de classificação morfológica (Silva & Brandão, anexo). Entre os objetivos do projeto, destaca-se o aumento do número de localidades testadas com uma abordagem morfológica, análises em escalas locais e regionais, assim como o emprego de diferentes abordagens estatísticas (e suas hipóteses), que levem a um nível maior de detalhamento, e a uma melhor compreensão da estrutura da fauna de formigas de serrapilheira. (AU)