Analise do mecanismo de acao da terapia laser de baixa potencia em modelo experimental de inflamacao cronica.

Resumo

ResumoA resposta inflamatória visa combater o agente agressor e eliminar os produtos resultantes da destruição celular, promovendo condições ideais para a reparação do tecido lesado. A resposta inflamatória se caracteriza com uma resposta celular e humoral de magnitude variável com repercussões locais, loco - regionais ou sistêmicas, cujo disparo é produtor de uma cascata de eventos que envolvem os sistemas: complementos, cininas, fibrinolíticos e coagulantes estimulados, juntos, com a ativação de fagócitos e das células endoteliais. Diversas doenças do sistema músculo-esquelético são desencadeadoras de processos inflamatórios que se não controlados inicialmente se tornam crônico o que resulta em grande morbidade aos indivíduos. Dentre as doenças auto-imunes encontra-se a artrite reumatóide, uma doença degenerativa,, envolvendo primeiramente as articulações das extremidades, particularmente dos dedos, com uma inflamação crônica que se caracteriza pela proliferação sinovial com destruição de cartilagem articular e invasão do osso subcondral A importância epidemiológica deve-se a alta prevalência, cerca de 1% da população, associada ao caráter incapacitante da moléstia. Apesar dos progressos da terapia antiinflamatória na artrite reumatóide, o desconhecimento da etiopatologia desta inflamação dificulta o surgimento de manobras terapêuticas que possam efetivamente alterar de forma definitiva o curso evolutivo da doença. A terapia com laser de baixa potencia na região de vermelho e infravermelho próximo (600-1000nm) é utilizada clinicamente para promover efeitos antiinflamatórios, aliviar a dor e acelerar o processo de reparação tecidual. O presente trabalho tem como objetivo investigar o mecanismo de ação do laser de baixa potência, na região do visível (vermelho), no processo inflamatório crônico. Será utilizado o modelo experimental de artrite reumatóide, em ratos, após a indução da artrite os animais serão tratados com laser de baixa potência a partir da 2º hora até o 21º dia e então serão sacrificados em diferentes tempos experimentais (6, 24 e 48 horas e 7, 14 e 21 dias) para análise da produção de mediadores inflamatórios e das condições de reparo tecidual, ainda avaliaremos, em animais tratados com mefiprestone e metirapona, a participação do eixo hipófise-hipotálamo-adrenal no mecanismo de ação antiinflamatória do LBP. (AU)