Efeitos da suplementação crônica com leucina na composição corporal durante o envelhecimento: estudos em ratos

Resumo

O número de indivíduos com idade acima de 65 anos vem crescendo, tanto em países desenvolvidos como nos em desenvolvimento. As estimativas futuras apontam que, em 2025, os idosos somarão 15% da população brasileira. O envelhecimento é caracterizado por um progressivo declínio da massa muscular esquelética, também conhecido como sarcopenia, e incremento da gordura corporal, gerando co-morbidades que comprometem a qualidade e a expectativa de vida. O músculo envelhecido apresenta redução da síntese proteica e recentes estudos demonstraram que este fato está relacionado a uma menor responsividade aos efeitos anabólicos da concentração fisiológica de leucina. Entretanto este ainda é capaz de responder quando o consumo de leucina é aumentado. Uma vez que o aminoácido leucina é reconhecido como um dos principais sinalizadores nutricionais capazes de estimular o anabolismo proteico, é possível que a perda de massa magra que ocorre durante o envelhecimento possa ser revertida com uma dieta rica em leucina. Assim, o presente estudo tem como objetivo investigar se a suplementação crônica com leucina pode atenuar as mudanças desfavoráveis que ocorrem na composição corporal, no estado nutricional proteico e em parâmetros metabólicos durante o envelhecimento. Para tanto, serão utilizados 50 ratos machos com idade inicial de 6 meses, divididos em três grupos: grupo baseline (n = 10), grupo controle (n = 20) e grupo suplementado com leucina (n = 20). Os animais do grupo baseline serão sacrificados no início do sexto mês de vida, enquanto que os demais grupos serão acompanhados até completarem 18 meses de vida, quando então, serão sacrificados para análise da composição corporal e de parâmetros teciduais e séricos. (AU)