Paleofitogeografia e estratigrafia das coníferas eocretáceas da região paleoequatorial no Brasil e Colômbia, com base em seus aspectos morfo-taxonômicos

Resumo

As floras eocretáceas se caracterizam pela sua uniformidade em composição. Apesar disso, podem ser diferenciadas algumas regiões florísticas. Numa dessas regiões, a Equatorial, se inserem as floras do norte da América do Sul. Essa região, tradicionalmente, tem se caracterizado pela presença de floras associadas a ambientes áridos, e embora apresentem alguns elementos em comum e que diferenciam a essa região das outras, um levantamento das composições florísticas de várias localidades, reflete diferenças longitudinais que, provavelmente, estejam relacionadas com a presença de uma faixa de maior umidade na borda oeste do continente. O grupo vegetal mais abundante e diversificado do Eocretáceo é o das coníferas; elas constituem o grupo dominante nas tafofloras de duas unidades da América do Sul, a Formação Crato no Nordeste do Brasil e a Formação Paja na Cordillera Oriental da Colômbia. A proposta do presente projeto é, através de uma abordagem morfo-taxonômica, definir padrões fitogeográficos e evolutivos das floras da Região Equatorial da América do Sul, comparando a composição na flora de coníferas e as diferenças nos caracteres morfológicos relacionados com condições climáticas de duas localidades: os calcários laminados da Formação Crato que afloram entre os Municípios de Nova Olinda e Santana do Carirí, CE, no Nordeste do Brasil e a porção da Formação Paja aflorante na região de Villa de Leyva, Departamento de Boyacá, na Cordillera Oriental da Colômbia