Regeneração nervosa periférica através da técnica de tubulização do nervo isquiático e tratamento com interferon beta

Resumo

Estudos recentes mostram que a expressão do MHC classe I tem um importante papel na manutenção das conexões sinápticas e também na comunicação entre neurônios e células gliais. Além disso, o grau de expressão do MHC I no microambiente do Sistema Nervoso, interfere no processo de regeneração nervosa. Em um estudo recente, através da administração da citocina pró-inflamatória, o IFN beta, associada à axotomia, obteve-se um aumento na expressão de MHC classe I pelos neurônios e glia circunjacente e conseqüente aumento na velocidade de regeneração e recuperação motora funcional em camundongos. No presente estudo, no sentido de melhor compreender o impacto do tratamento com IFN beta sobre a regeneração nervosa, bem com a expressão de MHC I, utilizaremos a tubulização do nervo isquiático em camundongos da linhagem C57BL/6J. Serão compostos quatro grupos: 1°. - tubo preenchido com substrato (colágeno) e IFN beta; 2°. - tubo preenchido apenas com substrato; 3°. - tubo vazio e 4°. - tubo vazio em associação com a administração sistêmica de IFN beta. Para fins comparativos da regeneração axonal, utilizaremos as técnicas imunoistoquímica, morfometria e contagem de fibras nervosas em degeneração e regeneração e análise da recuperação motora funcional (índice funcional do nervo isquiático).