Efeito de inibidores de protease na solubilização da dentina desmineralizada, na preservação das propriedades mecânicas da matriz de dentina e na durabilidade das restaurações adesivas.

Resumo

Para o entendimento do processo de adesão à dentina é fundamental conhecer a estrutura bioquímica e biomecânica deste substrato em condições normais ou quando submetido às diferentes etapas do procedimento restaurador adesivo. Embora pareça inerte quando comparada ao tecido pulpar, a dentina, ao contrário do que se imagina, é uma estrutura dinâmica que responde a desafios quer sejam fisiológicos, patológicos ou mesmo restauradores. É fato que odontologia adesiva se popularizou francamente nas últimas décadas, mas pouco se sabe, ainda, sobre as alterações que os diferentes componentes do procedimento adesivo (ácidos, primers, monômeros ácidos e solventes) podem exercer sobre a integridade/desintegração da dentina e da camada híbrida. Com intuito de prolongar a durabilidade das resturações adesivas foi proposto, recentemente, a inclusão da clorexidina, um agente antiproteolítico/antimicrobiano, como parte do procedimento adesivo. A proposta consiste em manter a dentina desmineralizada saturada com uma solução aquosa de clorexidina antes da aplicação do sistema adesivo. O objetivo geral deste estudo é avaliar o comportamento mecânico e bioquímico da matriz de dentina desmineralizada tratada com diferentes concentrações de clorexidina e de outras soluções antiproteolíticas experimentais. As hipóteses a serem testadas são de que: 1) a solubilização do colágeno da dentina humana desmineralizada é reduzida tanto pelo uso clorexidina, como de inibidores experimentais de protease; 2) a redução da solubilização do colágeno da dentina humana desmineralizada depende da concentração empregada de inibidor de protease e 3) a utilização de inibidores sintéticos de protease pode prevenir ou desacelerar a degradação da interface de união dentina/resina composta.