Análise qualitativa e quantitativa das tensões geradas por coroas fixas metaloplásticas, unidas e isoladas, na região posterior da mandíbula, reabilitada com implantes regulares e curtos, por meio do método de correlação de imagem digital

Resumo

A utilização de implantes osseointegrados na odontologia para restaurar a função e a estética de pacientes desdentados totais e parciais vem ocorrendo de forma bastante crescente. Nos casos de perda óssea vertical severa, principalmente em áreas posteriores da mandíbula, o uso de implantes curtos e de diâmetro reduzido associado a coroas fixas metaloplásticas esplintadas pode ser uma alternativa às cirurgias de enxerto ósseo e a melhor transmissão de forças ao osso adjacente, respectivamente. Muitos métodos têm sido utilizados para verificar as tensões geradas em torno dos implantes dentários, entretanto a Correlação de Imagem Digital (CID) leva vantagens no que diz respeito à possibilidade de avaliar a dinâmica das tensões em 3 dimensões (3D) e de forma contínua através de imagens obtidas ao longo do tempo, durante o carregamento oclusal. Em virtude da reduzida quantidade de estudos que verificam a distribuição de tensões em torno do implante pelo método de CID, esse estudo objetiva avaliar qualitativa e quantitativamente o desempenho biomecânico de coroas fixas metaloplásticas parafusadas, unidas e isoladas, sobre implantes cone Morse de diferentes comprimentos, posicionados na região posterior da mandíbula, por meio do método de CID. Serão confeccionados 4 modelos em resina fotoelástica (Araldite) simulando extremidade livre mandibular, com o dente 44 em resina (Luxatemp) e os dentes 45, 46 e 47 substituídos por implantes com 4 mm de diâmetro. O grupo 1 (G1) será formado por 2 implantes de comprimento convencional (11 mm; Titamax Cortical CM, Neodent) substituindo os dentes 45 e 46, e 1 implante curto (5 mm; Ws Cortical CM, Neodent) substituindo o 47. O grupo 2 (G2) apresentará 1 implante com 11 mm (45) e 2 implantes com 5 mm (46 e 47). O grupo 3 (G3) será reabilitado por 3 implantes de 5 mm e o grupo 4 (G4) por 3 implantes de 11 mm de comprimento. Coroas metaloplásticas, unidas e isoladas, serão parafusadas sobre os mini-pilares intermediários. Serão realizados diferentes carregamentos oclusais sobre as coroas: puntiforme de 100N (mesial do 45 e distal do 47) e oclusal distribuído de 150N. As tensões superficiais (horizontais [xx] e de cisalhamento [xy]) serão calculadas com base nos deslocamentos e comparadas qualitativa e quantitativamente pelo software de correlação de imagens (Davis 7.2, LaVision Inc.).