Diagnóstico de fibrose miocárdica através da ressonância magnética (mapa T1) e da quantificação histopatológica em pacientes com valvopatia aórtica importante submetidos a tratamento cirúrgico convencional e seu impacto no prognóstico

Resumo

Os pacientes com estenose aórtica ou insuficiência aórtica apresentam mecanismos miocárdicos de hipertrofia que incluem estímulos celulares capazes de favorecer a formação de fibrose difusa. É já estabelecida a importância da ressonância magnética cardiovascular (RMC) na avaliação da estrutura e função miocárdica. Encontra-se em pleno desenvolvimento uma nova metodologia de avaliação pela RMC, chamada mapa T1, capaz de quantificar com maior sensibilidade o volume extracelular miocárdico que, nesta população, quando aumentado, representa a fibrose miocárdica difusa. O objetivo primário desta pesquisa é avaliar o valor prognóstico da quantificação pré-operatória de fibrose miocárdica difusa avaliada pelo mapa T1 (através da quantificação do volume de distribuição extracelular - VD(m)) em pacientes com valvopatia aórtica importante com indicação de tratamento cirúrgico. Serão incluídos 100 pacientes com estenose ou insuficiência aórtica importante, que realizarão RMC antes da cirurgia e 6 a 9 meses após. Os dados da RMC serão comparados aos dados de anatomia patológica, adquiridos em biópsia intra-operatória. Os pacientes serão acompanhados por 5 anos no pós-operatório, e será então avaliada a correlação entre a quantificação pré-operatória da fibrose miocárdica difusa e a mortalidade geral. (AU)