Sistemas integrados de controle de pragas e doenças na Agricultura: estudo de proteínas vegetais com atividade antifúngica

Resumo

Apesar da ação antifúngica das proteínas sugarwin, fungos do gênero Colletotrichum e Fusarium ainda são bem-sucedidos causando infecções na cana-de-açúcar e em outras plantas. Portanto, é importante ampliar o entendimento dos determinantes de virulência destes fungos. Moléculas extracelulares são muito importantes para o ciclo infeccioso de diversas espécies fúngicas. Recentemente, foi demonstrado que muitas destas moléculas, em especial enzimas e RNA, atingem o ambiente extracelular por transporte ativo mediado por vesículas extracelulares (EVs). Essas EVs têm sido implicadas em muitas interações entre organismos e estão envolvidas em patogenicidade (Rodrigues, et al., 2011; Alves et al., 2019; Herkert et al., 2019). Foi demonstrado que existe transferência de RNAs entre fungos patogênicos e plantas e vice-versa e é mediado por transporte por vesículas (Cai et al., 2018). As vesículas, portanto, são candidatas importantes para atuar como mediadoras de algumas dessas interações entre fungos e plantas e tem importância no controle de doenças em plantas (Wang, et al., 2017; Bielska & May, 2019). Tendo em vista a importância das EVs em diversos processos de interação entre organismos, é importante analisar uma possível interação destas EVs com as proteínas sugarwin.Neste contexto o projeto visa: (i) avaliar o espectro de atividade de proteínas de defesa vegetal em fungos fitopatogênicos de interesse agronômico e em fungos entomopatogênicos e micopatogênicos; (ii) aprofundar o conhecimento dos mecanismos de ação das proteínas sugarwin em fungos filamentosos; (iii) analisar possíveis efeitos destas proteínas em outros mecanismos de interação como vesículas extracelulares (EVs) e micovírus. (AU)