Investigação de moléculas com potencial antifúngico sobre Candida auris e Candida tropicalis: efeitos antifúngicos, morfofisiológicos e moleculares

Resumo

O cenário epidemiológico das infecções causadas por Candida spp. têm se agravado nos últimos anos, muito por conta da resistência adquirida por estes microrganismos. Nas últimas décadas, há um destaque para a ascensão das espécies de Candida não-Candida albicans, onde Candida tropicalis é protagonista. Além disso, desde 2009 há uma nova grande preocupação sanitária com a emergência de Candida auris. Candida tropicalis representa um importante patógeno oportunista com prevalência crescente na região tropical, escassez de dados na literatura e resistência antifúngica crescente. Candida auris se destaca por apresentar altíssimos níveis de resistência e ser responsável por diversos surtos em hospitais do mundo todo nos últimos anos. Para ambas espécies, há algo em comum: epidemiologia crescente, bem como a resistência (sobretudo para C. auris) aliada à farmacologia escassa. Sabemos da dificuldade que é obedecer a toxicidade seletiva ao se falar de patógenos eucariotos. Atualmente, há apenas 3 grandes classes químicas predominantes de antifúngicos disponíveis no mercado para tratamento de candidíases e candidemias: polienos, azois e equinocandinas. É latente o apelo que a literatura tem para que novas alternativas farmacológicas cheguem ao mercado, seja como nova classe química, seja como molécula sinérgica para melhorar a atividade do que já temos disponível. Com este raciocínio, o projeto em questão visa explorar novas possibilidades dentro da antifungicoterapia, com moléculas promissoras como filastatina, farnesol, tirosol e resveratrol, enfatizando seus efeitos sobre fatores de virulência em C. tropicalis e C. auris.