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(Referência obtida automaticamente do Web of Science, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Status sorológico e de infecção canina em área endêmica de leishmaniose visceral

Texto completo
Autor(es):
Laranjeira, Daniela Farias [1, 2] ; Ribeiro da Matta, Vania Lucia [1] ; Tomokane, Thaise Yumie [1] ; Marcondes, Mary [3] ; Pereira Corbet, Carlos Eduardo [1] ; Laurenti, Marcia Dalastra [1]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Univ Sao Paulo, Fac Med, Dept Patol, Lab Patol Molestias Infecciosas LIM 50, BR-01246903 Sao Paulo - Brazil
[2] Univ Fed Bahia, Fac Med Vet & Zootecnia, Dept Clin & Patol, Salvador, BA - Brazil
[3] Univ Estadual Paulista, Fac Med Vet, Dept Clin Cirurgia & Reprod Anim, Aracatuba, SP - Brazil
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 48, n. 4, p. 563-570, AUG 2014.
Citações Web of Science: 5
Resumo

OBJETIVO Foi investigado o status sorológico de cães, em área endêmica de leishmaniose visceral, e sua correlação com a infecção parasitológica dos animais. MÉTODOS A resposta humoral canina foi avaliada no soro de 134 cães pelo método ELISA e pela imuno-histoquímica, para detectar parasitos na pele, linfonodo e baço desses animais. Os anticorpos específicos investigados foram IgG, IgG1, IgG2 e IgE. RESULTADOS De acordo com os achados parasitológicos, laboratoriais e clínicos, os cães foram alocados em um dos quatro grupos: assintomáticos com (AP+, n = 21) e sem (AP-, n = 36) parasitismo tecidual por Leishmania e sintomáticos com (SP+, n = 52) ou sem (SP-, n = 25) parasitismo. Níveis mais elevados de IgG e IgE se correlacionaram positivamente com o status de infecção e a carga parasitária, mas não com a condição clínica. Em todos os grupos, IgG total foi o anticorpo predominante, com maior concentração de IgG2 que IgG1. O anticorpo IgG foi positivo em proporção elevada nos animais infectados (SP+ 98,1%; AP+ 95,2%), mas não o IgE (SP+ 80,8%; AP+ 71,2%). O achado mais relevante refere-se aos cães não infectados que apresentaram elevada positividade para anticorpos IgG anti-Leishmania (SP- 60,0%; AP- 44,4%), IgE (SP- 44,0%; AP- 27,8%), IgG1 (SP- 28,0%; AP- 22,2%) e IgG2 (SP- 56,0%; AP- 41,7%). CONCLUSÕES O status sorológico dos cães, determinado por qualquer classe ou subclasse de anticorpos, não distinguiu com acurácia cães infectados por L. (L.) infantum chagasi daqueles não infectados. A imprecisão do resultado sorológico pode prejudicar não só o diagnóstico, mas também as investigações epidemiológicas e as estratégias para o controle da leishmaniose visceral. Esse complexo cenário sorológico observado na área endêmica mostra quão desafiador é o diagnóstico canino, e aponta a dificuldade enfrentada pelos médicos veterinários e coordenadores dos programas de controle. (AU)

Processo FAPESP: 04/07965-2 - Avaliacao da imunidade humoral e celular em caes naturalmente infectados com leishmania (l.) chagasi e sua correlacao com a transmissibilidade para o vetor.
Beneficiário:Marcia Dalastra Laurenti
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular