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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Gestação após o transplante renal: alto índice de complicações maternas

Texto completo
Autor(es):
Cristina Candido [1] ; Marina Pontello Cristelli [2] ; Ana Raquel Fernandes [3] ; Andre Caires Alvino de Lima [4] ; Laila Almeida Viana [5] ; Jussara L Sato [6] ; Nelson Sass [7] ; Helio Tedesco-Silva [8] ; Jose Osmar Medina-Pestana [9]
Número total de Autores: 9
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Centro Hospitalar de Setúbal - Portugal
[2] Universidade Federal de São Paulo - Brasil
[3] Centro Hospitalar de Setúbal - Portugal
[4] Universidade Federal de São Paulo - Brasil
[5] Universidade Federal de São Paulo - Brasil
[6] Universidade Federal de São Paulo - Brasil
[7] Universidade Federal de São Paulo - Brasil
[8] Universidade Federal de São Paulo - Brasil
[9] Universidade Federal de São Paulo - Brasil
Número total de Afiliações: 9
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: J. Bras. Nefrol.; v. 38, n. 4, p. 421-426, 2016-12-00.
Resumo

Resumo Introdução: Após o transplante renal, as mulheres recuperam a fertilidade em pouco tempo. Entretanto, a viabilidade da gestação e as complicações maternas da gravidez ainda são objeto de estudo. Objetivo: Descrever a evolução da gestação após o transplante renal, com foco principal nas complicações maternas. Métodos: Estudo retrospectivo de casos de gravidez ocorridos entre 2004 e 2014 em pacientes transplantadas renais, com seguimento de 12 meses após o parto. Cada gravidez foi considerada um evento. Resultados: Houve 53 gestações em 36 pacientes. A média de idade foi de 28 ± 5 anos. Gravidez ocorreu 4,4 ± 3 anos após o transplante. A imunossupressão preconcepção era composta de tacrolimo, azatioprina e prednisona em 74% dos casos. Houve 15% de aborto no 1º trimestre e 8% no segundo trimestre. Em 41% dos casos, foi necessário induzir o parto. De todos os nascimentos, 22% foram prematuros e 17% muito prematuros. Houve 5% de natimortos e de mortes neonatais. Proteinúria de novo ocorreu em 60%, infecção do trato urinário em 23%, pré-eclâmpsia em 11%, rejeição aguda em 6% e perda do enxerto em 2% dos casos. Foi observada elevação significante da creatinina quando comparados período preconcepção, 3º trimestre e pós-12 meses de seguimento (média de 1,17 vs. 1,46 vs. 1,59 mg/dl; p < 0,001). Conclusão: Os resultados demonstram taxa de aborto maior que na população em geral, com altas taxas de complicações maternas. Aumento sustentado da creatinina sugere aumento do risco de perda do enxerto em longo prazo. (AU)

Processo FAPESP: 14/00213-7 - Pré-eclâmpsia: risco futuro de doença renal crônica e cardiovascular
Beneficiário:Nelson Sass
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular