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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

O Trote e a Saúde Mental de Estudantes de Medicina

Texto completo
Autor(es):
Maria Cristina Pereira Lima [1] ; Ana Teresa de Abreu Ramos-Cerqueira [2] ; Cássia Lopes Dantas [3] ; Julia Ribeiro Lamardo [4] ; Luis Enrique Caton Reis [5] ; Albina Rodrigues Torres [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita - Brasil
[2] Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita - Brasil
[3] Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita - Brasil
[4] Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita - Brasil
[5] Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita - Brasil
[6] Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Rev. bras. educ. med.; v. 41, n. 2, p. 210-220, 2017-06-00.
Resumo

RESUMO Introdução A prática do trote é um fenômeno que teve início na Idade Média e ainda persiste em muitas universidades pelo mundo. No Brasil, embora seja um problema amplamente reconhecido, tem sido insuficientemente estudado. Objetivo Estimar a prevalência e identificar fatores associados à ocorrência de trote numa faculdade de Medicina pública, localizada no interior do Estado de São Paulo. Método Foi realizado um estudo transversal do qual participaram 477 estudantes de Medicina do primeiro ao sexto ano do curso. O questionário autopreenchido continha questões e instrumentos estruturados que permitiram avaliar: características sociodemográficas e da vida acadêmica, apoio social, sintomas depressivos, uso problemático de álcool (por meio do Alcohol Use Disorder Identification Test – Audit), transtorno mental comum (por meio do Self Reporting Questionnaire – SRQ) e se o participante sofreu trote que considerou abusivo ou se aplicou trote do qual se arrependeu posteriormente. Foi realizada análise bivariada e regressão logística para identificar fatores independentemente associados a cada um dos desfechos (ter sofrido trote que considerou abusivo ou ter aplicado trote do qual se arrependeu posteriormente). Resultados A taxa de resposta foi de 87,0%. Relataram ter sofrido trote abusivo 39,8% (IC95% 35,4% – 44,2%) dos estudantes, enquanto afirmaram ter aplicado trote do qual se arrependeram 7,5% (IC95% 5,2% – 9,9%) deles. Ter sofrido trote abusivo associou-se a: sexo masculino, não estar adaptado à cidade, apresentar menor escore na escala de apoio social e ter feito ou estar fazendo tratamento psiquiátrico e/ou psicológico após o ingresso na universidade. Ter aplicado trote, por sua vez, também se associou a sexo masculino, assim como a maior idade e maior pontuação no Audit. Conclusão Trote associou-se a sexo masculino e à procura por tratamento de saúde mental entre os que o receberam e a uso problemático de álcool entre os que o praticaram. É fundamental que as instituições debatam e compreendam melhor o problema do trote, a fim de adotar medidas efetivas para que este seja prevenido. (AU)

Processo FAPESP: 11/21832-9 - Saúde mental de estudantes de medicina: um estudo de coorte
Beneficiário:Maria Cristina Pereira Lima
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular