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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Óleos essenciais e tratamento térmico no controle pós-colheita de bolor verde em laranja

Texto completo
Autor(es):
Eliane Aparecida Benato [1] ; Thatyane Cristina Belletti ; Daniel Terao [3] ; Daniel Andrade de Siqueira Franco [4]
Número total de Autores: 4
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Centro Experimental Central do Instituto Biológico - Brasil
[3] EMBRAPA - Meio Ambiente - Brasil
[4] Centro Experimental Central do Instituto Biológico - Brasil
Número total de Afiliações: 4
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Summa Phytopathologica; v. 44, n. 1, p. 65-71, 2018-03-00.
Resumo

RESUMO O bolor verde é a principal doença de frutos cítricos pós-colheita. Produtos e processos alternativos para controle de doenças de plantas vêm sendo cada vez mais requeridos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica de óleos essenciais sobre Penicillium digitatum em laranjas, isoladamente ou em combinação com tratamento térmico. Para tanto, um isolado do fungo foi submetido, in vitro, a diferentes concentrações dos óleos de canela, capim-limão e palmarosa, em meio de cultura BDA, sendo avaliada também a atividade antifúngica dos compostos voláteis dos óleos. Além disso, foi realizado um estudo do efeito dos óleos sobre laranjas inoculadas, de modo curativo e protetivo. Laranjas foram inoculadas com 10 uL de suspensão de conídios (105 conídios mL-1), em dois períodos de incubação (4 h antes ou 24 h após os tratamentos). Os tratamentos com óleos essenciais por aspersão foram: testemunha, canela, capim-limão e palmarosa, a 0,5 e 1,0 g L-1, acrescidos de Tween20. Outro teste com óleo de canela, para verificar a melhor dose, foi realizado com 0,0; 0,12; 0,25; 0,5 e 1,0 g L-1 e um blend de canela (0,12 g L-1) e capim-limão (0,12 g L-1). O armazenamento foi a 25 °C e 80% de umidade relativa (UR) por até 6 dias. Posteriormente, efetuou-se um teste em laranjas inoculadas 4 h antes dos tratamentos: testemunha; canela (0,12 g L-1); termoterapia (60 °C por 20 s); termoterapia + óleo de canela; imazalil (1000 mg L-1). Armazenaram-se os frutos a 10 °C/85% UR por 6 dias mais 3 dias em condições ambiente. In vitro, o óleo de canela foi o mais fungitóxico para P. digitatum, inibindo totalmente o índice de crescimento micelial em concentrações superiores a 0,5 g L-1 por contato e, reduzindo significativamente pelos seus constituintes voláteis. Sobre laranjas inoculadas, o óleo de canela foi mais efetivo como curativo e, capim-limão como protetivo. No teste screening, a dose de 0,12 g L-1 do óleo de canela mostrou melhor resultado frente às doses superiores e ao blend de canela mais capim-limão. A combinação termoterapia seguida de aspersão de óleo de canela reduziu significativamente o desenvolvimento do bolor verde (AACPD) nos frutos (40,5%), quando armazenados sob refrigeração; entretanto, o fungicida imazalil proporcionou um controle mais efetivo (97%) durante o armazenamento prolongado. (AU)

Processo FAPESP: 11/23432-8 - Desenvolvimento de tecnologia sustentável para tratamento pós-colheita de frutas, pela integração de métodos alternativos de controle, sem deixar resíduos tóxicos
Beneficiário:Daniel Terao
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular