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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Evolução do consumo de crack em coorte com histórico de tratamento

Texto completo
Autor(es):
Andréa Costa Dias [1] ; Marcelo Ribeiro Araújo [2] ; Ronaldo Laranjeira [3]
Número total de Autores: 3
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Psiquiatria - Brasil
[2] Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas - Brasil
[3] Unifesp. Escola Paulista de Medicina - Brasil
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 45, n. 5, p. 938-948, 2011-07-29.
Resumo

OBJETIVO: Analisar a evolução do consumo entre usuários de crack com histórico de tratamento. MÉTODOS: Uma coorte de, originalmente, 131 dependentes de crack admitidos em uma enfermaria de desintoxicação em São Paulo, SP, entre 1992 e 1994, foi re-entrevistada em três ocasiões: 1995-1996, 1998-1999 e 2005-2006. As variáveis averiguadas foram: dados demográficos, comportamento sexual de risco, padrões de consumo de crack e outras substâncias, prisões, desaparecimentos e óbitos. Na análise estatística empregou-se o teste de qui-quadrado, a regressão logística multinomial e regressão de Cox. RESULTADOS: Dos pacientes avaliados, 43 estavam abstinentes do crack (12 meses ou mais), 22 eram usuários, 13 estavam presos, dois desaparecidos e 27 estavam mortos. Foram identificados três grupos com trajetórias distintas de consumo pós-alta. Comportamento seguro com uso de preservativo foi identificado como fator relacionado ao grupo de abstinentes estáveis (p = 0,001). Teste HIV positivo na internação (p = 0,046); consumo de cocaína aspirada no último ano (p = 0,001) e tempo de uso de cocaína aspirada na vida (mais de 132 meses) (p = 0,000) foram fatores relacionados a uso de longo termo. Uso pregresso de cocaína endovenosa aumentou em 2,5 vezes as chances de óbito em 12 anos (p = 0,031) (IC95%: 1,08; 5,79). CONCLUSÕES: A recorrência e persistência do consumo nos anos pós-alta de tratamento refletem novas modalidades de uso do crack. Por outro lado, padrões de abstinência estável apontam a viabilidade dos processos de recuperação relativos ao uso de crack. (AU)

Processo FAPESP: 04/13804-1 - Estudo de seguimento de usuarios de crack internados para tratamento: a situacao dos pacientes apos dez anos.
Beneficiário:Ronaldo Laranjeira
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular