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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Serpentes das ilhas costeiras do Estado de São Paulo, Sudeste do Brasil

Texto completo
Autor(es):
Paulo José Pyles Cicchi [1] ; Marco Aurélio de Sena [2] ; Denise Maria Peccinini-Seale [3] ; Marcelo Ribeiro Duarte [4]
Número total de Autores: 4
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista. Instituto de Biociências. Departamento de Zoologia - Brasil
[2] IBUSP. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva
[3] IBUSP. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva
[4] Instituto Butantan. Laboratório de Herpetologia - Brasil
Número total de Afiliações: 4
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Biota Neotropica; v. 7, n. 2, p. 0-0, 2007-00-00.
Resumo

Há poucos estudos sobre a fauna de serpentes em ilhas costeiras do Estado de São Paulo, Sudeste do Brasil e um baixo número de espécies depositadas em coleções zoológicas. No Brasil, pela primeira vez, foi realizado um inventário em 18 ilhas do litoral paulista a partir de pesquisa de registros nas coleções herpetológicas do Sudeste do Brasil. Também foram realizadas coletas de campo em onze ilhas. Trinta e seis espécies de quatro famílias foram registradas: uma espécie de Boidae, trinta de Colubridae, uma de Elapidae e quatro de Viperidae. Os dados de campo apresentaram treze ocorrências novas de espécies sem registro nas coleções. Para estimar a raridade das espécies utilizaram-se categorias de abundância relativa: comum, não-freqüente e rara. Das espécies amostradas, 44,4% foram consideradas raras. As espécies mais comuns foram Micrurus corallinus, presente em doze ilhas; Bothrops jararaca e Liophis miliaris, presentes em onze ilhas, B. jararacussu e Chironius bicarinatus, presentes em 10 ilhas. Foram efetuados sete novos registros para a Ilha do Cardoso (25° 05’ S e 47° 59’ W): C. bicarinatus, C. multiventris, Dipsas petersi, Echinanthera bilineata, E. cephalostriata, Helicops carinicaudus e Xenodon neuwiedii; três para Ilha Comprida (24° 54’ S e 47° 48’ W): B. jararacussu, C. bicarinatus e H. carinicaudus; um para Ilha Anchieta (23° 32’ S e 45° 03’ W): Spilotes pullatus; um para a Ilha das Couves (23° 25’ S e 44° 52’ W): L. miliaris; um para a Ilha dos Porcos (23° 23’ S e 44° 54’ W): B. jararaca. B. alcatraz e B. insularis, endêmicos à Ilha de Alcatrazes e à Ilha da Queimada Grande, respectivamente, são considerados criticamente em perigo segundo IUCN. Foi registrada a extinção da fauna de serpentes na Ilha Monte de Trigo. Os ecossistemas insulares, mais vulneráveis que os continentais, carecem de uma proteção mais efetiva. A maioria destas espécies (cerca de 52%) preda anfíbios, reforçando a necessidade de conservação das florestas. (AU)

Processo FAPESP: 99/08291-5 - Diversidade e conservação da fauna réptil na Mata Atlântica do Sudeste
Beneficiário:Denise Maria Peccinini Seale
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular