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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Transtornos mentais comuns e uso de psicofármacos: impacto das condições socioeconômicas

Texto completo
Autor(es):
Maria Cristina Pereira Lima [1] ; Paulo Rossi Menezes [2] ; Luana Carandina [3] ; Chester Luiz Galvão Cesar [4] ; Marilisa Berti de Azevedo Barros [5] ; Moisés Goldbaum [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Faculdade de Medicina de Botucatu. Departamento de Neurologia e Psiquiatria - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
[3] Unesp. Faculdade de Medicina de Botucatu. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
[4] USP. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
[5] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Medicina Preventiva e Social - Brasil
[6] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 42, n. 4, p. 717-723, 2008-06-27.
Resumo

OBJETIVO: Avaliar a influência das condições socioeconômicas na associação entre transtornos mentais comuns, uso de serviços de saúde e de psicofármacos. MÉTODOS: Estudo transversal populacional conduzido na cidade de Botucatu, SP, com amostragem probabilística, estratificada e por conglomerados. Foram realizadas entrevistas domiciliares com 1.023 sujeitos de 15 anos ou mais de idade, entre 2001 e 2002. Transtorno mental comum foi avaliado utilizando o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). O uso de serviços foi investigado com relação à quinzena anterior à entrevista e uso de psicotrópicos, nos três dias anteriores. Utilizou-se regressão logística para análise multivariável, considerando o efeito do desenho. RESULTADOS: No total da amostra, 13,4% (IC 95%: 10,7;16,0) procuraram serviços de saúde na quinzena anterior à entrevista. A procura de serviços de saúde se associou ao sexo feminino (OR=2,0) e à presença de transtorno mental comum (OR=2,2). Na amostra 13,3% (IC 95%: 9,2;17,5) referiram ter usado ao menos um psicotrópico, destacando-se os antidepressivos (5,0%) e os benzodiazepínicos (3,1%). Na análise multivariável, sexo feminino e presença de transtorno mental comum mantiveram-se associados ao uso de benzodiazepínicos. Renda per capita mostrou-se direta e independentemente associada ao uso de psicofármacos, conforme aumento da renda. CONCLUSÕES: Menor renda associou-se à presença de transtorno mental comum, mas não ao uso de psicotrópicos. A associação entre transtorno mental comum e uso de psicotrópicos e maior renda reforça a hipótese da existência de iniqüidades no acesso à assistência médica na população estudada. (AU)

Processo FAPESP: 98/14099-7 - Inquérito de saúde no estado de São Paulo, inquérito domiciliar de base populacional em municípios do estado de São Paulo - 1999-2000
Beneficiário:Chester Luiz Galvão Cesar
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Pesquisa em Políticas Públicas