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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Produção de serrapilheira e decomposição foliar em fragmentos florestais de diferentes fases sucessionais no Planalto Atlântico do estado de São Paulo, Brasil

Texto completo
Autor(es):
Juliana Lopes Vendrami [1] ; Cristiane Follmann Jurinitz [2] ; Camila de Toledo Castanho [3] ; Leda Lorenzo [4] ; Alexandre Adalardo de Oliveira [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Ecologia - Brasil
[2] Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Biociências. Departamento de Ecologia - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Ecologia - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Ecologia - Brasil
[5] Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Ecologia - Brasil
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Biota Neotropica; v. 12, n. 3, p. 136-143, 2012-09-00.
Resumo

A produção e a decomposição de serrapilheira são processos vitais nas florestas tropicais, uma vez que determinam a ciclagem de nutrientes. O processo de ciclagem de nutrientes pode ser alterado pela fragmentação florestal. A Floresta Atlântica é um dos biomas mais ameaçados mundialmente devido à ocupação humana nos últimos 500 anos. Este cenário resultou em fragmentos de diferentes tamanhos, idades e estádios de regeneração. Para explorar as diferenças na produção de serrapilheira e na decomposição foliar de acordo com o estádio sucessional da floresta, comparamos seis fragmentos florestais em três diferentes estádios sucessionais e uma área de floresta primária no Planalto Atlântico de São Paulo, Brasil. Coletamos a serrapilheira mensalmente de novembro de 2008 a outubro de 2009. Utilizamos bolsas de confinamento de serrapilheira para calcular a taxa de decomposição foliar de uma espécie exótica, Tipuana tipu (Fabaceae), durante o mesmo período de coleta da serrapilheira. A deposição de serrapilheira foi maior na área de estádio sucessional mais inicial. Esse padrão pode estar relacionado com as características estruturais dos fragmentos florestais, especialmente com a maior abundância de espécies pioneiras, que possuem uma maior produtividade e são espécies típicas de fragmentos em estádios iniciais de sucessão. Por outro lado, não encontramos diferenças significativas nas taxas de decomposição entre as áreas estudadas, o que pode ocorrer devido à rápida estabilização do ambiente de decomposição (efeito combinado das condições microclimáticas e das atividades dos decompositores). Estes resultados indicam que o processo de decomposição foliar foi restabelecido aos níveis das florestas maduras após algumas décadas de regeneração, embora a produção de serrapilheira ainda não tenha sido totalmente restaurada. Este estudo destaca a importância das florestas secundárias em um cenário regional de restauração de processos ecossistêmicos. (AU)

Processo FAPESP: 08/58357-3 - Aporte e decomposicao de serrapilheira em fragmentos do planalto atlantico paulista.
Beneficiário:Juliana Lopes Vendrami
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Processo FAPESP: 06/56054-8 - Fragmentacao de florestas e sua influencia na demografia e diversidade de arvores no planalto atlantico de sao paulo.
Beneficiário:Alexandre Adalardo de Oliveira
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular