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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Avaliação de instrumento de detecção de problemas relacionados ao uso do álcool (CAGE) entre trabalhadores da prefeitura do campus da Universidade de São Paulo (USP) - campus capital

Texto completo
Autor(es):
Ricardo Abrantes do Amaral [1] ; André Malbergier [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Psiquiatria
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Psiquiatria; v. 26, n. 3, p. 156-163, 2004-09-00.
Resumo

O uso do álcool pode ser responsável por acidentes, atrasos e faltas no trabalho. Sua detecção é limitada pelas dificuldades de pacientes e médicos quanto ao assunto. O questionário CAGE pode ser uma alternativa fácil, rápida e pouco intimidativa na detecção dos problemas relacionados ao uso de álcool (PRA). OBJETIVOS: Avaliar os indicadores de validade do CAGE - sensibilidade (S), especificidade (E), valor preditivo positivo, VPP e a área sob a curva ROC, ASC - entre funcionários da Prefeitura da Cidade Universitária, utilizando a Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV, a SCID 2.0. MÉTODOS: Foram selecionados aleatoriamente 203 funcionários para entrevista com um questionário sociodemográfico seguido do CAGE e da SCID 2.0 Os indicadores de validade do CAGE foram analisados através dos resultados da SCID 2.0 para abuso e dependência do álcool e os dados sociodemográficos pelo cálculo do qui-quadrado. RESULTADOS: Entre os 192 funcionários entrevistados, a prevalência do CAGE positivo foi 19,8%, com os seguintes indicadores de validade para a detecção de PRA: S=84,4%, E=93,1%, VPP=71,1% e ASC=0,88 (p<0,01) e para dependência do álcool: S=91,3%, E=89,9%, VPP=55,3% e ASC=0,90 (p<0,01). Houve associações significativas entre o CAGE positivo e as seguintes características: 1) faixa etária de 61 anos ou mais (p=0,04); 2) sexo masculino (p=0,01); e 3) função operacional (p=0,02). CONCLUSÕES: O CAGE teve menos falsos positivos na detecção de PRA (abuso e dependência) que na detecção de dependência do álcool isoladamente. Os resultados para faixa etária e sexo podem refletir limitações do CAGE. Funções operacionais podem indicar um risco para PRA. O CAGE foi considerado válido na detecção de PRA no local de trabalho. (AU)

Processo FAPESP: 01/07463-9 - Avaliação de instrumentos de detecção de problemas relacionados ao álcool em um serviço público universitário (Prefeitura do Campus da USP - Campus Capital)
Beneficiário:André Malbergier
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular