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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Hospitalização integral para tratamento dos transtornos alimentares: a experiência de um serviço especializado

Texto completo
Autor(es):
Raphaela Fernanda Muniz Palma [1] ; José Ernesto dos Santos [2] ; Rosane Pilot Pessa Ribeiro [3]
Número total de Autores: 3
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
[2] USP. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
[3] USP. EERP. Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Jornal Brasileiro de Psiquiatria; v. 62, n. 1, p. 31-37, 2013-00-00.
Resumo

OBJETIVO: Descrever as características da hospitalização integral para o tratamento de transtornos alimentares em um serviço especializado de Ribeirão Preto, SP. MÉTODOS: Foram revisados todos os prontuários dos pacientes em seguimento pelo serviço, de 1982 até 2011, especialmente aqueles que tiveram indicação de internação integral. Foram coletados dados sociodemográficos e referentes ao diagnóstico. RESULTADOS: No período referido, 186 pacientes receberam atendimento pelo serviço e, desses, 44,6% (n = 83) foram internados para tratamento. Ao longo do tempo, houve redução na relação atendimento/internação, passando de 77,7% para 36,2% dos casos. A média de internações foi de 1,9 ± 3,9 vezes, e 73,5% (n = 61) dos pacientes foram hospitalizados apenas uma vez. A duração média da internação, independentemente do número de hospitalizações, foi de 70,6 ± 115,9 dias (variação de 3 a 804 dias). A predominância foi do sexo feminino, raça branca, solteira, sem filhos e com idade média de 23,3 ± 10,8 anos. O diagnóstico predominante foi de anorexia nervosa (85,5%), sobretudo em seu tipo restritivo (54,2%). As indicações mais frequentes para internação foram para realização de terapia nutricional (50,9%), seguida da investigação do quadro clínico (30,1%) e por causa de depressão e/ou ideação suicida (10,9%). CONCLUSÃO: A hospitalização integral é uma modalidade terapêutica necessária para o tratamento desses quadros, e sua frequência foi considerada significativa, porém diminuiu ao longo do tempo. Esse resultado pode ser explicado pela tendência de desospitalização a partir da reforma psiquiátrica, do diagnóstico e tratamento mais precoces e da experiência adquirida pelos profissionais do serviço ao longo dos anos. (AU)

Processo FAPESP: 10/02417-8 - Hospitalização integral para o tratamento de transtornos alimentares: características e resultados.
Beneficiário:Raphaela Fernanda Muniz Palma
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado