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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Mortalidade infantil e baixo peso ao nascer em cidades do Nordeste e Sudeste, Brasil

Texto completo
Autor(es):
Antônio Augusto Moura da Silva [1] ; Heloísa Bettiol [2] ; Marco Antônio Barbieri [3] ; Valdinar Sousa Ribeiro [4] ; Vânia Maria de Farias Aragão [5] ; Luiz Gustavo Oliveira Brito [6] ; Márcio Mendes Pereira [7]
Número total de Autores: 7
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal do Maranhão. Departamento de Saúde Pública - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Puericultura e Pediatria - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Puericultura e Pediatria - Brasil
[4] Universidade Federal do Maranhão. Departamento de Medicina III - Brasil
[5] Universidade Federal do Maranhão. Departamento de Medicina III - Brasil
[6] Universidade Federal do Maranhão. Departamento de Saúde Pública - Brasil
[7] Universidade Federal do Maranhão. Departamento de Saúde Pública - Brasil
Número total de Afiliações: 7
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 37, n. 6, p. 693-698, 2003-12-00.
Resumo

OBJETIVO: Comparar as estimativas das taxas de baixo peso ao nascer, prematuridade, pequeno para a idade gestacional e mortalidade infantil em duas coortes de nascimento no Brasil. MÉTODOS: As duas coortes foram realizadas na década de 90 em São Luís, localizada em uma região menos desenvolvida, no Nordeste, e em Ribeirão Preto, situada em uma região mais desenvolvida, no Sudeste. Foram coletados dados de um terço dos nascidos vivos de Ribeirão Preto, SP, em 1994 (2.839 partos únicos); em São Luís, MA, foi realizada amostragem sistemática de partos estratificada por maternidade, no período de 1997/98 (2.439 partos únicos). Os testes do qui-quadrado (categórico e para tendências) e t de Student foram usados na análise estatística. RESULTADOS: A taxa de baixo peso ao nascer foi menor em São Luís, constituindo um paradoxo epidemiológico. As taxas de prematuridade foram semelhantes, quando se esperava percentual mais elevado em Ribeirão Preto, por sua relação direta com o baixo peso ao nascer. Observou-se dissociação entre baixo peso ao nascer e mortalidade infantil, pois São Luís apresentou menor baixo peso ao nascer e maior mortalidade infantil, ocorrendo o inverso em Ribeirão Preto. CONCLUSÕES: Maior prevalência de tabagismo materno e melhor acesso e qualidade da assistência perinatal promovendo intervenções médicas mais precoces (cesárea e prematuridade induzida) que resultam em maior número de nascidos vivos com baixo peso do que natimortos em Ribeirão Preto podem explicar estas discrepâncias. A dissociação ecológica observada entre baixo peso ao nascer e mortalidade infantil sugere que a taxa daquele não deve mais ser considerada sistematicamente como indicador de desenvolvimento social. (AU)