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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Uso de medicina complementar e alternativa em pacientes brasileiros com doença inflamatória intestinal

Texto completo
Autor(es):
Débora Pereira HENRIQUES [1] ; Rebeca Rodrigues de OLIVEIRA [2] ; Jeslei VANNI [3] ; Henrique Patriota de LIMA [4] ; Jean Vianney OTITI [5] ; Fabio Ricardo Monteiro NEVES [6] ; Marcia Beiral HAMMERLE [7] ; Lígia Yukie SASSAKI [8] ; Cyrla ZALTMAN [9]
Número total de Autores: 9
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[2] Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[3] Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[4] Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[5] Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[6] Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[7] Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[8] Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[9] Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica - Brasil
Número total de Afiliações: 9
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Arq. Gastroenterol.; v. 59, n. 3, p. 375-382, 2022-09-09.
Resumo

RESUMO Contexto: O tratamento convencional da doença inflamatória intestinal (DII) é baseado na terapia medicamentosa, mas diferentes estudos têm mostrado aumento progressivo do uso de medicina complementar e alternativa (MCA) na abordagem dos pacientes. As modalidades de MCA mais usadas compreendem: acupuntura, medicina tradicional chinesa, medicina ayurvédica, homeopatia e fitoterapia, bem como práticas mais modernas, como aromaterapia e reflexologia. Os dados do uso de MCA no Brasil são escassos e não há estudos entre pacientes brasileiros com DII. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a frequência e os fatores associados com o uso de MCA entre pacientes com DII, além de estimar a satisfação com o uso de MCA. Métodos: Foi realizado estudo transversal em pacientes adultos ambulatoriais com DII oriundos de dois centros de referência no sudeste do Brasil, com amostra de 227 indivíduos. Foi aplicado questionário semiestruturado contendo produtos como - chá, probióticos, ômega 3 ou glutamina, homeopatia e fitoterapia, além de fatores associados ao uso de MCA e a satisfação do paciente. Utilizamos estatística descritiva, testes de associação (P<0,05) e regressão logística para análise estatística. Resultados: No total, 126 pacientes com doença de Crohn e 101 com retocolite ulcerativa foram incluídos. A média de idade foi 41,19±14,49 anos e 57,27% eram do sexo feminino. O tempo desde o diagnóstico foi de 10,58±7,5 anos, e a maioria dos pacientes estava em remissão clínica. Vinte e nove pacientes (12,8%) relataram ter usado MCA para o tratamento de DII, como chá (5,29%), probióticos (5,29%), ômega-3 ou glutamina (1,76%), homeopatia (0,88%) e fitoterápicos (0,44%). Apesar da baixa frequência, os pacientes ficaram satisfeitos com o uso (>50%). Não houve diferença entre o uso de MCA entre os pacientes com doença de Crohn em comparação com pacientes com retocolite ulcerativa (P=0,1171). Os fatores associados com o uso de MCA foram qualidade de vida regular ou ruim (Odds ratio 2,084; intervalo de confiança de 95% 1,147-3,786, P=0,0159) e menor tempo desde o diagnóstico (Odds ratio 0,956; intervalo de confiança de 95% 0,918-0,995; P=0,0260). Conclusão: A prevalência do uso de MCA foi baixa, mas satisfatória entre os pacientes com DII. O uso de MCA tem sido associada a baixa qualidade de vida e menor duração da doença. (AU)

Processo FAPESP: 17/10183-6 - Uso de medicina complementar e alternativa em pacientes com doença inflamatória intestinal
Beneficiário:Débora Pereira Henriques
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica