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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Associação entre anticorpo anticardiolipina e mutação C677T na metileno tetrahidrofolato redutase em mulheres com aborto espontâneo recorrente: um novo caminho na trombofilia?

Texto completo
Autor(es):
Egle Couto [1] ; Ricardo Barini [2] ; Renata Zaccaria [3] ; Joyce Maria Annicchino-Bizzacchi [4] ; Renato Passini Junior [5] ; Belmiro Gonçalves Pereira [6] ; José Carlos Gama da Silva [7] ; João Luiz Pinto e Silva [8]
Número total de Autores: 8
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
[2] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
[3] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
[4] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
[5] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
[6] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
[7] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
[8] Universidade Estadual de Campinas - Brasil
Número total de Afiliações: 8
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: São Paulo Medical Journal; v. 123, n. 1, p. 15-20, 2005-01-00.
Resumo

CONTEXTO: O aborto espontâneo recorrente já foi associado a vários fatores etiológicos e à trombose materna. Fatores de trombofilia adquiridos e hereditários podem ser causas destes eventos. OBJETIVO: Avaliar a associação entre fatores de trombofilia e aborto espontâneo recorrente. TIPO DE ESTUDO: Caso-controle. LOCAL: Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil. MÉTODOS: Foram retirados 40 ml de sangue de 88 mulheres com aborto espontâneo recorrente do Ambulatório de Aborto Recorrente e 88 mulheres férteis do Ambulatório de Planejamento Familiar, pareadas por idade e raça, para pesquisar fatores de trombofilia adquiridos e hereditários. O anticorpo anticardiolipina (ACA), anticoagulante lúpico (LA) e a deficiência das proteínas C, S e antitrombina III foram pesquisados por ELISA (enzyme-linkek immunosorbent assay), dRVVT (dilute Russel Viper Venom Time, dRVVT) e métodos coagulométrico e cromogênico. O ácido desoxirribonucléico (DNA) foi amplificado pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) para o estudo das mutações fator V de Leiden, G20210A no gene da protrombina e C677T no gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR). RESULTADOS: O ACA foi encontrado em 11 mulheres com RSA e em uma mulher fértil [OR 12.4 (IC 95% 1.5 a 98.5)]. A mutação C677T heterozigota foi encontrada em 59 mulheres com RSA e em 35 mulheres férteis [OR 3.1 (IC 95% 1.7 a 5.7)]. A presença concomitante do ACA e da mutação C677T heterozigota foi encontrada em oito mulheres com aborto espontâneo recorrente e em nenhuma mulher fértil (p < 0,01). DISCUSSÃO: O significado da associação entre a mutação heterozigota C677T no gene da MTHFR e o anticorpo anticardiolipina não está claro. Pode-se supor que um fator hereditário que, isolado, não predisporia fortemente um indivíduo à trombose poderia, em associação com um fator adquirido, deflagrar o processo e intensificar a expressão da trombose. CONCLUSÕES: O ACA e a mutação C677T heterozigota no gene da MTHFR apresentaram associação estatística com RSA. A concomitância destas duas alterações é um novo achado no estudo de fatores trombogênicos em aborto espontâneo recorrente. (AU)

Processo FAPESP: 98/12403-0 - Estudo comparativo da frequencia de fatores trombogenicos entre mulheres com aborto espontaneo recorrente e mulheres ferteis.
Beneficiário:Ricardo Barini
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular