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(Referência obtida automaticamente do Web of Science, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Inquérito sorológico retrospectivo das infecções por hantavirus no município de Cássia dos Coqueiros, Estado de São Paulo, Brasil

Texto completo
Autor(es):
Badra, Soraya Jabur [1, 2] ; Mota Maia, Felipe Goncalves [2] ; Figueiredo, Glauciane Garcia [2] ; dos Santos Junior, Gilberto Sabino [2] ; Campos, Gelse Mazzoni [2] ; Moraes Figueiredo, Luiz Tadeu [2] ; Costa Passos, Afonso Dinis
Número total de Autores: 7
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Univ Sao Paulo, FMRP, Ctr Pesquisa Virol, Dept Saude Publ, BR-14049900 Ribeirao Preto, SP - Brazil
[2] Univ Sao Paulo, Fac Med Ribeirao Preto, Ctr Pesquisa Virol, Sao Paulo - Brazil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; v. 45, n. 4, p. 468-470, JUL-AUG 2012.
Citações Web of Science: 13
Resumo

INTRODUÇÃO: Infecções graves por hantavírus têm obtido crescente atenção das autoridades da saúde pública da Eurásia e Américas. De 1993 a 2010, o Brasil reportou 1.300 casos de síndrome pulmonar cardiovascular por hantavírus (SPCVH) com, aproximadamente, 80 deles no nordeste do Estado de São Paulo com taxa de fatalidade de 48%. O vírus Araraquara é o agente etiológico da SPCVH nessa região. Considerando que nas Américas as doenças em humanos causadas por hantavírus eram desconhecidas até 1993, procuramos infecções por hantavírus nas populações do município de Cássia dos Coqueiros, nordeste de São Paulo, Brasil, antes dessa data. Esse município tem 2.800 habitantes e economia baseada na agricultura, com intenso cultivo da gramínea Brachiaria decumbens. Sementes de gramíneas têm um papel importante em atrair roedores, facilitando a transmissão de hantavírus para humanos. Nesse município, até o momento 4 casos haviam sido reportados. MÉTODOS:Neste estudo, coletou-se 1.876 soros entre 1987 a 1990 e testamos para pesquisa de IgG contra hantavirus utilizando um ELISA que tem como antígeno a proteína N recombinante do vírus Araraquara. RESULTADOS: Dentre os soros analisados, 89 (4,7%) foram positivos, mostrando que esta infecção já ocorria previamente à descrição dos hantavirus americanos e deve estar ocorrendo há anos nesta região. A positividade entre os habitantes urbanos foi de 5,3% se comparado com 4,3% entre aqueles que viviam em áreas rurais. CONCLUSÕES: Nossos resultados mostraram que as infecções ocorridas por hantavirus foram completamente despercebidas em Cássia dos Coqueiros antes da descrição do hantavirus americano. (AU)

Processo FAPESP: 08/50617-6 - Estudos sobre vírus emergentes incluindo arbovirus, robovirus, vírus respiratórios e de transmissão congênita, no Centro de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Beneficiário:Luiz Tadeu Moraes Figueiredo
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático