Busca avançada
Ano de início
Entree
(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções

Texto completo
Autor(es):
Oswaldo Paulo Forattini [1]
Número total de Autores: 1
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
Número total de Afiliações: 1
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 36, n. 3, p. 257-262, 2002-06-00.
Resumo

O objetivo do trabalho é analisar os principais aspectos dos conhecimentos epidemiológicos atuais sobre o estado evolutivo das infecções. Os organismos que constituem a biosfera formam sistemas dinâmicos que abrangem todo o planeta. Tais relacionamentos podem ser variáveis em intensidade. Alguns limitam-se à superfície orgânica, enquanto outros chegam à intimidade do genoma. Portanto, há de se concluir que o parasitismo constitui fenômeno muito comum na natureza. Os parasitos infectantes comunicam-se mediante mecanismos variados. Entre eles, reconhece-se a existência de intercâmbio gênico mediante a troca de segmentos de DNA. Assim, as comunidades parasitárias não vivem isoladamente, mas estabelecem interconexões. O processo de internação objetiva a entrada do parasito no meio intracelular. E isso dá-se desde a fagocitose, manipulada pelos agentes infecciosos, até meios mais sofisticados como a elaboração de pilli. Para abandonar esse ambiente intracelular, alguns recorrem à apoptose. Este fenômeno, de comando genético, chega à especialização de destruir os macrófagos. Aceita-se, atualmente, que o DNA, sob a forma molecular, poderá circular na corrente sangüínea constituindo os denominados infectrons. Isso permite criar a hipótese sobre a existência de redes que, formadas principalmente por estes elementos, permitem a co-adaptabilidade entre o parasito e o organismo parasitado. Concluiu-se que há uma co-evolução entre o organismo hospedeiro e o do parasito, propiciando o surgimento de novas entidades mórbidas. (AU)

Processo FAPESP: 99/10517-1 - Estudos sobre domiciliação de mosquitos Culicidae
Beneficiário:Oswaldo Paulo Forattini
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático